O que é o Rec-5, que virou estratégia de Tite para o hexa no Qatar?
Missão dos jogadores de ataque da seleção brasileira é ajudar a recuperar a bola em 5 segundos
Atacar marcando. Essa é a filosofia por Tite implantada na seleção brasileira, uma das armas em busca do hexa na Copa do Mundo de 2022. E que voltará à cena mesmo com a escalação do time reserva, no jogo desta sexta-feira (2/12), contra Camarões.
Se o time é o único sem tomar gols no Qatar até aqui, isso começa por seus atacantes. A missão deles é iniciar a pressão no momento em que a equipe perde a posse da bola. A estratégia ganhou um termo no Titês, o linguajar próprio do treinador: “Rec-5”.
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5 segundos fundamentais
A ideia é recuperar a bola em até 5 segundos. Em média, a equipe atinge a meta em 20% dos lances. “Quando se fala de não sofrer gol, todo mundo lembra do goleiro, da linha de quatro, do primeiro volante. Mas começa lá na frente”, indica o volante Casemiro, em entrevista ao site da Fifa.
Nos dois primeiros jogos, Richarlison, Vini Jr e Raphinha foram aplicados nessa estratégia. Richarlison liderou os movimentos de pressão – foram 92, sendo seguido de Vini Jr, com 55.
Isso explica a escolha de Gabriel Jesus como centroavante reserva, mesmo sem fazer gol em duas Copas, e não Pedro, a outra opção. “Ele joga em uma intensidade, de provocar erros e de jogar no campo adversário. Gabriel é fenomenal nisso”, confirma Mikel Arteta, técnico de Jesus no Arsenal.
“Ele joga em uma intensidade, de provocar erros e de jogar no campo adversário. Gabriel é fenomenal nisso”. (Mikel Arteta, técnico do Arsenal)
Ensaio na Copa de 2018
Tite ensaiou esse estilo na Copa de 2018. Dos três gols sofridos, dois foram em jogadas de bola parada e um em contra-ataque. Alisson se despediu com três jogos sem tomar gols. Com mais dois em 2022, ele já se aproxima do recorde da Seleção, que é de Taffarel e Leão, com 8 partidas cada.
“Os atacantes defendem muito, cortam o passe, perdem a bola e pressionam no mesmo momento. Isso deixa o Tite muito à vontade para poder ter um número maior de atacantes”, define Danilo.
“Os atacantes defendem muito, cortam o passe, perdem a bola e pressionam no mesmo momento”. (Danilo)
O resultado disso? Em dois jogos, Alisson não sofreu nenhum chute a gol. Se atacar marcando é a estratégia, o Brasil está em ótimas mãos – e pés – para ir longe no Qatar.
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