Estevão nasceu em 30/10/2007. Te diz algo?
30 de outubro de 2007, em Zurique, na Suíça. A Fifa anunciava o Brasil como sede da Copa do Mundo […]
30 de outubro de 2007, em Zurique, na Suíça. A Fifa anunciava o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014. No mesmo dia, em Barbalha, no interior do Ceará, nascia Estevão Veras. Hoje com seis anos e meio, o garotão mede cerca de 1m15cm. O quanto cresceu nesses 2.415 dias é sinal do tempo perdido pelo país.
Na época, Valney e Daniela Veras moravam em Juazeiro do Norte. Surpreendidos com a chegada do parto, correram para a vizinha Barbalha. Assim, eles não acompanharam que, justo naquele dia, o país recebia uma grande notícia: o Brasil em que Estevão surgia seria um Brasil diferente.
Bem, o garoto cresceu no prazo certo. Saudável, hoje está no 1º ano fundamental. Bem diferente do Brasil, que não cumpriu as datas e mal entregou os estádios que receberão os jogos do Mundial, a partir deste dia 12 de junho. As obras de mobilidade não vieram, aeroportos recorrem a puxadinhos e agora chega a hora da maquiagem.
“Nos mudamos para Fortaleza em 2009, e de lá pra cá noto pouca diferença em infraestrutura. Algumas obras não foram entregues a tempo, e a gente nem sabe se ainda serão”, avalia Daniela, universitária de 31 anos. Por medo de manifestações, eles não irão ao Castelão. “Vamos assistir em casa mesmo”.
O casal não é tão ligado a futebol, e nem torce para um time. Apesar disso, pai e filho passaram a colecionar o álbum da Copa do Mundo. Já encontraram Messi. Agora, Estevão quer as figurinhas de Neymar e da taça. “É um momento em que a gente está junto. Faço questão de colá-las com ele”, conta Valney, pastor de 35 anos.
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Para o casal, não faz a menor diferença que Estevão tenha nascido justo no dia em que o Brasil recebeu a Copa do Mundo. “Não importa pra mim”, garante Valney. “Tanto que a gente só notou tempos depois”, ressalta Daniela. Sem a transformação prometida pelos governantes, isso perdeu mesmo a relevância.
Nos mudamos para Fortaleza em 2009, e de lá pra cá noto pouca diferença em infraestrutura. Algumas obras não foram entregues a tempo, e a gente nem sabe se ainda serão”. Daniela Veras.
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