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Deu a louca

Torcedor do Treze da Paraíba tem coleção com quase 150 camisas do time

Baduzinho usa camisas do Treze todos os dias, chamando a atenção em Campina Grande

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Sófoles Cordeiro, o Baduzinho, possui 148 camisas do Treze (Foto: Acervo pessoal)
Sófoles Cordeiro, o Baduzinho, possui 148 camisas do Treze (Foto: Rubens Melo)

Por Rubens Melo

Um dos clubes mais populares da Paraíba, o Treze forma uma das maiores rivalidades do interior do Brasil, contra o Campinense. Em Campina Grande, é fácil encontrar torcedores apaixonados por um dos lados. Um deles é Sófoles Cordeiro, o Baduzinho, que possui 148 camisas do Treze. É fácil identificá-lo na cidade de 400 mil habitantes, pois ele sempre está vestido com as blusas da coleção.

O autônomo começou a colecionar camisas em 2002, quando se deu conta de que tinha muitos exemplares no guarda-roupa. Depois disso, ele não quis mais parar, sempre buscando novas camisas para aumentar o acervo alvinegro.

“Muitos sabem que sou colecionador e me indicam. Sempre consigo exemplares antigos e únicos. Até já me ofereceram preços cinco vezes maiores do que eu paguei, mas são peças que eu jamais vou me livrar”, conta Baduzinho, de 42 anos.

Manto direto no corpo

Todos os dias Baduzinho usa as camisas em seus afazeres. Isso já rendeu situações inusitadas. “Eu tava caminhando com meu cachorro Toquinho e um rapaz, torcedor do Treze, me perguntou como eu tinha tantas camisas do time, porque todo dia eu passava com uma diferente. É algo gratificante, é um reconhecimento a paixão que temos por esse clube mesmo com as adversidades por ele enfrentadas”, reflete.

A camisa mais difícil de conseguir para a coleção foi uma de 1986, cujo dono era um rapaz que a herdou de seu finado pai. “Foi complicado. Eu até entendia o lado sentimental que a camisa trazia para o rapaz. Conversei bastante e, felizmente, consegui convencê-lo a me vender. É uma das camisas que mais zelo, pois sei do valor que ela tem e o quanto ela agrega para minha coleção”, destaca.

“Eu tava caminhando com meu cachorro Toquinho e um rapaz, torcedor do Treze, me perguntou como eu tinha tantas camisas do time, porque todo dia eu passava com uma diferente. É algo gratificante”. (Sófoles Cordeiro, o Baduzinho)

Baduzinho coleciona camisas do Treze desde 2002 (Foto: Acervo pessoal)
Baduzinho coleciona camisas do Treze desde 2002 (Foto: Rubens Melo)

A maior das loucuras

A paixão pelo Treze é tão grande que Baduzinho quase perdeu o casamento por causa do time. Essa história aconteceu em 2005, ano em que o Galo da Borborema ficou em 5º lugar na Copa do Brasil, sendo eliminado pelo Fluminense nos pênaltis nas quartas-de-finais.

As partidas aconteceriam nos dias 12 e 18 de maio. O problema é que o casamento de Baduzinho estava agendado para 19 de maio. A noiva avisou que, se ele fosse às partidas, não haveria mais casamento.

“Quando eu soube das datas, eu comuniquei à minha noiva, e ela, no mesmo instante, disse que se eu fosse para o jogo não iria mais casar. Eu fui não só para o jogo em Campina Grande, como também ao Rio de Janeiro. Na volta, conforme havia dito, ela não queria mais casar comigo”, lembra.

As duas famílias precisaram conversar com a noiva para mudá-la de ideia. “Em 2019 completamos 14 anos de casados. Hoje, ela aceita melhor minha paixão e as viagens pelo Treze. Mesmo contra a vontade, ela ornamenta comigo a minha coleção de camisas”. Valeu o ditado: se não pode com ele, junte-se a ele.

Baduzinho precisou de jogo de cintura para manter a data de casamento (Foto: Acervo pessoal)
Baduzinho precisou de jogo de cintura para manter a data de casamento (Foto: Acervo pessoal)

Perfil do clube:

Nome: Treze Futebol Clube.
Fundação: 7/9/1925.
Cidade: Campina Grande (PB).
Estádio: Presidente Vargas, no bairro do São José (8 mil lugares).
Títulos: 2ª divisão do Campeonato Brasileiro de 1986 e 16 títulos estaduais.
Site: www.trezefc.com.br.
Curiosidade: O nome do Treze veio porque o clube surgiu de uma reunião de 13 amigos, e um deles era Bióca, que no ano de 1913 difundiu o futebol em Campina Grande.

> Rubens Melo é estudante de Jornalismo de Campina Grande (PB) e produziu esta matéria sob orientação de Rafael Luis Azevedo.

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