Tremoços, Passaporte, Passarinha e Cai Duro. Esses nomes soam estranhos aos ouvidos, mas fazem sucesso na boca de torcedores. Respectivamente, nos estádios Ulrico Mursa, em Santos; Rei Pelé, em Maceió; O Amigão, em Campina Grande; e Castelão e PV, em Fortaleza.

Essas comidas tiveram suas receitas detalhadas num livro de proposta inovadora: o “Comida de Estádio“, ebook lançado pela jornalista e educadora física Fernanda de Lima, em 2020. A autora uniu paixões ao celebrar o melhor da culinária do futebol brasileiro.

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Guia dos Estádios

Desde 2018, Fernanda toca o projeto Guia dos Estádios, que viaja em busca dos melhores e piores estádios do Brasil e do mundo. Então, ninguém melhor para enumerar a diversidade de pratos (e pratinhos) vendidos em estádios país afora.

“A comida talvez seja a melhor forma de trazer na bagagem uma lembrança, um sabor marcante, um cheiro inebriante. Memórias assim, nunca se vão”, escreve Fernanda, de 35 anos, pernambucana radicada em São Paulo.

“A comida talvez seja a melhor forma de trazer na bagagem uma lembrança, um sabor marcante, um cheiro inebriante”. (Fernanda de Lima)

A ideia do livro surgiu no início do lockdown da pandemia de Covid-19. “Fazer comidas de estádios em casa foi uma forma de matar a saudade dos estádios. E este foi um tempo tão bacana e terapêutico para mim, que resolvi dividir com todos vocês”, reforça a autora, sobre seu primeiro livro.

Comidas diversas

O ebook traz, em 100 páginas, cerca de 60 receitas de comidas diversas de estádios brasileiros. Algumas muito famosas, como o Tropeirão, dos estádios Mineirão e Independência, em Belo Horizonte, e o doce Cannoli, da Rua Javari, em São Paulo.

Certas receitas foram degustadas por Fernanda. Outras foram dicas de leitores e seguidores. “Muita pesquisa para descobrir o que, de fato, se come e bebe nos estádios. Foram meses de estudo e pesquisa para chegar a essa lista riquíssima”, relata a torcedora palmeirense.

Algumas combinações são curiosas, como o X-caboquinho, servido em estádios amazonenses – um sanduíche com pão francês, queijo coalho, banana pacovã frita e raspas de tucumã (fruta amazônica). “O tucumã tem um sabor que lembra bem de longe castanhas, diferente de tudo que já comi”, indica.

O trabalho confirmou impressões. “Eu amo a diversidade da comida brasileira, mas esse livro só me provou o que eu já desconfiava: nós conhecemos muito pouco do Brasil. Por meio de sabores ou estádios, é isso que eu quero fazer, mostrar o Brasil desconhecido”.

“Eu amo a diversidade da comida brasileira, mas esse livro só me provou o que eu já desconfiava: nós conhecemos muito pouco do Brasil”. (Fernanda de Lima)

 

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Hobby de cozinhar

Referência sobre estádios, Fernanda de Lima concilia o Jornalismo e a Educação Física, suas duas profissões – hoje com maior foco na segunda. A gastronomia, ressalta, é um hobby.

“Desde cedo, comecei a seguir receitas de livros e, depois, a criar meu próprio caderninho de receitas. Cozinhar, sem obrigação, é um momento de prazer para mim”, explica Fernanda, que tem sua comida de estádio preferida. “Sem titubear, o disco de carne do Serra Dourada!”

Deu água na boca? Pois se delicie com essa e outras receitas no livro.

Serviço:

Ebook “Comida de Estádio“
Autora: Fernanda de Lima (Guia dos Estádios)
Preço: R$ 49,90

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