Colecionador tem 700 cachecóis de futebol
Cachecóis de futebol se tornaram uma febre em todo mundo. Mesmo em países de clima tropical, centenas de clubes e […]
Cachecóis de futebol se tornaram uma febre em todo mundo. Mesmo em países de clima tropical, centenas de clubes e seleções já lançaram seus modelos. Mas dificilmente algum colecionador possua tantas peças quanto o israelense Simon Moses, de 55 anos. Em casa, ele tem cerca de 700, a maioria de países da Europa e América do Sul.
Morador da cidade de Be’er Sheva, em Israel, Simon é um verminoso inveterado. Em sua incrível coleção futebolística, ele tem ainda cerca de 500 flâmulas, 500 chaveiros e 500 pins. É quase um museu, que está constantemente sendo alimentado há 11 anos. “Eu viajo duas ou três vezes por ano para comprar souvenires de futebol”, conta Simon.
Sua preferência são os cachecóis (bufanda em espanhol, scarf em inglês). A tradição da vestimenta nos estádios começou no futebol europeu, onde o uso de casacos por causa do frio impedia a identificação das torcidas. “Os melhores cachecóis de futebol são produzidos em Portugal. Lá é um paraíso!”, comenta.
Além das viagens, o acervo ganha reforço de novas peças trocadas com outros colecionadores. Foi num contato via e-mail feito pelo israelense que o Verminosos por Futebol o conheceu. “Colecionar cachecóis é um passatempo muito popular”, garante.
Eu viajo duas ou três vezes por ano para comprar souvenires de futebol”. Simon Moses.
Simon já gastou muito dinheiro com a loucura por futebol, mas prefere não pensar nisso. “Se eu calcular, precisarei ser internado num hospital”, brinca. O cachecol mais caro foi do Peñarol, do Uruguai, encomendado por 80 dólares – cinco vezes mais que o preço original, e quase o custo de uma camisa do time. “Já investi um tesouro, mas estou feliz”.
Paixão pelo Brasil
Os cachecóis brasileiros estão entre os preferidos de Simon. Tudo por conta da relação dele com o futebol do Brasil. “Quando tinha oito anos, falava aos professores sobre a linha de ataque formada por Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo. Li muito sobre Djalma Santos, Nilton Santos, Brito, Jairzinho, Gerson, Tostão, Leonidas, Zico, Rivelino, Gilmar, Sócrates, Jair, Careca, Ademir…”, enumera.
Dos 700 cachecóis, são 30 do Brasil. Dentre eles, de Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Internacional, Grêmio, Atlético-PR e Avaí. “Eu prefiro itens de países onde o futebol é uma religião”, diz o torcedor do Maccabi Tel Aviv.
Mesmo distante, o israelense acompanha o futebol brasileiro como se estivesse perto. “Minha vida é conduzida pelos resultados do Fla-Flu e a posição na tabela de Portuguesa, Bragantino, Figueirense, Grêmio, Vasco e Santos, a melhor equipe da história antiga”.
Quando tinha oito anos, falava aos professores sobre a linha de ataque formada por Garrincha, Didi, Vavá, Pelé e Zagalo”. Simon Moses.
“Quando eu e meu filho comentamos sobre Ceará, São Caetano ou Coritiba, os amigos pensam que estou falando chinês”, ri Simon. “Estou pronto para competir com todos os especialistas do futebol brasileiro”. Pelo visto, ninguém duvida disso.
Facebook do filho de Simon Moses, Ido Moses:
www.facebook.com/ido.moses1
Vídeo da coleção de cachecóis de Simon Moses (atualizada até 2010):
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