Colecionador comercializa camisas retrô de clubes campeões fluminenses
Flávio Rebel passou a resgatar a história de clubes do antigo estado do Rio de Janeiro
Por Wesley Machado, do blog Vila La Resenha
O cabofriense Flávio Rebel, de 52 anos, professor de Educação Física formado pela Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, pós-graduado em treinamento desportivo pela Universidade Gama Filho e pós-graduado em Futsal pela Universidade do Norte do Paraná, é colecionador de camisas de futebol e lançou um projeto super interessante: uma coleção de camisas retrô de times, muitos deles extintos, outros inativos, do antigo estado do Rio de Janeiro, alguns destes que foram campeões do antigo campeonato fluminense de profissionais.
Entrevistamos o colecionador, que está comercializando as camisas. Na entrevista ele fala como surgiu a ideia de lançar esta coleção, comenta sobre o que pensa do futebol fluminense e aborda a situação atual de alguns destes clubes, como os de Campos dos Goytacazes.
– Em primeiro lugar eu sou apaixonado por futebol, tenho uma coleção de camisas e sou professor de Educação Física, acabei tendo equipes, a penúltima, a ADDP Cabo Frio de Futsal, que eu fundei e estava como gerente em 2014, quando comecei a representar a marca Ollé do Espírito Santo na região dos Lagos. E decidi fazer as camisas dos times do antigo estado do Rio de Janeiro para mim, uma de cada time, mas tinha de fazer uma grade, então resolvi comercializar. A camisa retrô está na moda, as pessoas gostam. São times extintos, alguns inativos. Estou comercializando para bancar este projeto e continuar a fazer – relata.
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Camisas retrô produzidas
– Fiz as camisas do Lusitano, Tamoyo, River e Associação Atlética Cabofriense, a verdadeira Cabofriense, estas de Cabo Frio. Fiz a camisa do São Pedro EC, de São Pedro da Aldeia. Fiz a camisa da ADA (Associação Desportiva Álcalis), Tupy e Guarany, todos de Arraial do Cabo. Fiz Rio Branco, Cambaíba, Paraíso e Sapucaia, Todos de Campos. Fiz Central e Royal de Barra do Piraí, Ypiranga e Fluminense de Niterói, Porto Alegre de Itaperuna, Internacional e Petropolitano, ambos de Petrópolis e Miracema. As próximas camisas a serem feitas são do Palmeiras e do Santos de Iguaba Grande, Saquarema, Cordeiro, que vai fazer 100 anos, e Rubro Atlético, de Araruama, que deu origem ao Rubro Social. As camisas são novas, da marca Ollé, de algodão/poliéster, gola “v”.
Flávio Rebel conta que algumas camisas foram produzidas com nomes de ex-jogadores dos anos 60 e 70 destes times e foram doadas em homenagens para estes jogadores, que em troca autografam algumas camisas, como foi o caso de Toninho, do Porto Alegre de Itaperuna; Jorginho Batuqueiro, o “Diabo Loiro”, do Paraíso de Tócos em Campos; Jessé, do Tamoyo; Ilmo, da Associação Desportiva Álcalis, de Cabo Frio, que é pai do Marcelão, que identifica jogadores em fotos posadas; e Vandeli, Miruca, Valtinho, Zé Raimundo e Lelei, da Associação Atlética Cabofriense, que terá também homenagens em breve a Cagarra e Manelzinho. Outro jogador homenageado foi o grande Didi “Folha Seca”, bicampeão mundial com a seleção brasileira e eleito melhor jogador da Copa do Mundo de 1958, que teve seu nome estampado na camisa do Rio Branco de Campos, clube que o revelou.
– Sou do estado do Rio de Janeiro, mas sou crítico da capital. Após o Rio de Janeiro perder a capital para Brasília, o Rio, que era a Guanabara, desmoronou e começou a procurar as riquezas do estado. Pegou da Serra a água, de Volta Redonda o aço, do Norte Noroeste a agricultura e a agropecuária, a pesca da Região dos Lagos, enfim, tomou o estado e voltou a ser rico. Inclusive no futebol eles nem nos reconhecem. Mas pior do que isto é que nós não nos reconhecemos. Tentando resgatar o futebol fluminense, eu coloquei as estrelas dos títulos fluminenses, que nem os próprios clubes reconhecem. O Rio Branco de Campos em momento algum diz para as pessoas que ele foi campeão estadual em 1961 e tem dois outros vices. O Petropolitano também não diz que foi campeão estadual em 44. O Central de Barra de Piraí não diz que tem três títulos, o último em 76. O Goytacaz acabou sendo o último campeão do antigo estado do Rio de Janeiro em 1978, entre outros. Eu queria ter as camisas destes clubes. E eu resolvi produzi-las – explica Flávio Rebel, que desde 1988 milita no futebol de salão, hoje futsal, onde começou no Clube de Regatas Flamengo, seu time do coração no Rio de Janeiro.
Ligação com Campos dos Goytacazes
Flávio Rebel é cabofriense, mas tem uma ligação histórica com Campos e com o futebol, tendo em vista que seus pais são campistas e seus familiares em Campos foram jogadores. Seu avô, Amor, jogou no Americano, no Rio Branco e no Aliança. Seus tios avós Totonho, Olinto e Lulu também jogavam no Americano. E outro tio avô dele, Rui Balão, jogou no Goytacaz. Portanto, Flávio se considera um campista de coração, tem uma simpatia enorme pelo Americano, pelo fato de ter ouvido as histórias do avô Amor, que jogou no alvinegro campista. Recentemente, ele esteve na cidade de Campos visitando alguns clubes.
– Fui no Cambaíba, visitei o bairro lá e fiquei muito impressionado com a usina fechada, o campo largado, parece um bairro fantasma. Aí eu fui pesquisar, acabei vendo que tem uma relação forte com a época da ditadura, com incinerações, inclusive nos fornos da usina. O Sapucaia foi campeão estadual de 75. O Paraíso, que é um lugar que quando na minha infância eu ia bastante porque meu pai era de lá de Tócos, um pecado também você ir lá e ver o estádio completamente abandonado. Sobre a deterioração, a destruição e o fim dos campos de futebol, pelo menos Campos ainda tem os campos, mesmo largados. Porque em outros lugares os campos de futebol já viraram prédios, shoppings, outras coisas. Inclusive em Campos, no Centro, o Rio Branco já se foi. O Americano que já foi na antiga rua São Bento (atual Barão de Miracema), depois foi para a avenida 28 de março, se foi e agora está no Quilômetro 11 – lembra Flávio Rebel.
Serviço:
Camisas retrô de times campeões fluminenses – R$ 80. Mais informações: 22-98832.2130 (Whatsapp).
> Leia o artigo original de Wesley Machado (Vila la Resenha).
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