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Clássico Baguá, de Bagé (RS), vai ganhar documentário

Já houve um tempo em que Grêmio Bagé e Guarany rivalizavam com Grêmio e Inter

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Filme Baguá tem previsão de lançamento em dezembro de 2017 (Foto: Divulgação)
Filme Baguá tem previsão de lançamento em dezembro de 2017 (Foto: Divulgação)

Nos anos 20, se havia uma cidade gaúcha em pé de igualdade com Porto Alegre no futebol, esta era Bagé. Em seis anos daquela década, Grêmio Bagé ou Guarany estiveram na final do Estadual, sagrando-se vitoriosos uma vez cada um. Campeão novamente nos anos 30, o Guarany é até hoje o único time do interior com dois títulos. Situação bem diferente da atual.

Para contar a trajetória do clássico de 96 anos, os amigos Leonardo Brião (jornalista), Luigi Argimon (publicitário) e Rodrigo Schuster (cineasta) estão produzindo o filme “Baguá: Uma cidade à margem do futebol moderno”. Mais do que um documentário longa-metragem sobre futebol, a produção resgata a história de Bagé através de seus clubes.

“Buscamos fazer uma analogia da história econômica do Rio Grande através do futebol. Bagé era um dos pilares no começo do século 20. A cidade, baseada na agropecuária, era uma força econômica do Estado. A enorme tradição naqueles tempos se traduzia nos dois clubes da cidade, sustentados pela economia local”, aponta Leonardo.

Não é bairrismo. A dupla de Bagé foi grande mesmo no panorama estadual. Fundado em 1907, o Guarany foi campeão em 1920 e vice em 1926 e 1929. Ainda foi campeão em 1938 e vice em 1958. Já o Bagé, fundado em 1920, foi campeão em 1925 e vice cinco vezes (1927, 1928, 1940, 1944 e 1957).

Há muito os dois rivais estão longe da elite estadual. Em 2016, ambos estavam na 3ª divisão, e como campeão o Guarany assegurou o retorno à 2ª para 2017. Mesmo assim, com 425 jogos, o clássico Baguá segue como o mais disputado do estado. “Após o Gre-Nal e Brasil x Pelotas, esse é o terceiro clássico do RS”, indica o jornalista.

A manutenção da monocultura agropecuária estagnou Bagé, cidade hoje com 116 mil habitantes, e interrompeu as glórias de seus times. Não à toa, mesmo com tanta tradição, a dupla Baguá é ofuscada por Grêmio e Inter na preferência local. “A única cidade gaúcha que talvez fuja disso seja Pelotas”, arrisca Leonardo.

Os três realizadores não são de Bagé, mas sim de Porto Alegre, distante 375 km. E dizem que torcem por times da capital extintos: Renner (Leonardo), Força e Luz (Luigi) e Fussball Club (Rodrigo). Obviamente nenhum deles, todos com 30 e poucos anos, viu as equipes em campo. “Com esses times a gente mantém uma neutralidade”, diverte-se Leonardo.

A previsão de lançamento do filme é em dezembro de 2017. “Vamos resgatar uma história que os próprios bageenses desconhecem. Nós não estamos apenas documentando, estamos aprendendo uma parte da história do Estado”, destaca o jornalista. De certa forma, uma viagem no tempo que interessa não somente ao povo de Bagé.

Guarany-Futebol-Clube
Guarany Futebol Clube

Fundação: 19/4/1907
Estádio: Estrela d’Alva (10 mil lugares)
Títulos: 1ª divisão gaúcha (1920 e 1938), 2ª divisão (1969 e 2006), 3ª divisão (1999 e 2016) e municipal (28 vezes)
Site: www.guaranyfutebolclube.com.br

Gremio-Bage
Grêmio Esportivo Bagé

Fundação: 5/8/1920
Estádio: Pedro Moura (10 mil lugares)
Títulos: 1ª divisão (1925), 2ª divisão (1964, 1982 e 1985) e municipal (23 vezes)
Site: www.gebage.com

Serviço:

Baguá: Uma cidade à margem do futebol moderno
www.facebook.com/BaguaOFilme

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