Gaúcho vende relíquias da bola em feiras
O colecionador Charles Müller montou banquinha para vender parte de suas coisas de futebol
So você mora em Porto Alegre ou planeja uma viagem à cidade, nunca mais verá uma feira pública da mesma forma. Em 2006, o colecionador Charles Müller montou uma banquinha para vender parte de suas camisas de times e seleções. Hoje, virou figura reconhecida em feiras locais, graças às centenas de artigos de futebol que oferece.
Aos sábados, Charles pode ser encontrado no Caminho dos Antiquários. Aos domingos, às vezes está no Brique da Redenção. E, uma vez por mês, vai à Feira de Antiguidades do Mercado Público, a primeira feira que passou a frequentar com seus pertences. “Minha banca é a única com temática de futebol”, indica o gaúcho, de 37 anos.
Naturalmente, a banquinha chama a atenção. São expostos flâmulas, mantas, chapéus, chaveiros, taças, vinis, DVDs, livros e souvenires oficiais de quase todas as Copas do Mundo. E, claro, muitas camisas, incluindo uma do Estudiantes autografada por Veron. “Com o tempo fui ampliando o acervo”, relata o torcedor do Grêmio.
Os preços dos artigos variam bastante. Desde R$ 5, caso de chaveiros, a R$ 1.500, valor pedido por algumas camisas. “Tudo depende da raridade da peça”, aponta. Entre as atrações, está uma réplica licenciada da taça da Libertadores, vendida por R$ 850, e um quadro com mini-taças do torneio, com fabricação própria, comercializado por R$ 750.
“Tive a ideia desse quadro numa visita ao museu do Boca Juniors. Atualmente, vendo em média dois deles por mês”, comemora Charles, que também oferece seus produtos colecionáveis no Mercado Livre e no Facebook. “Já fiz negócio com museus de futebol, árbitros e até um diretor de canal esportivo de TV”, gaba-se.
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Ah, se você ficou curioso, o nome do colecionador não foi homenagem ao introdutor do futebol no Brasil. O sobrenome Müller deve-se a origem alemã da família. Com o nascimento do garoto em 1978, no mês da Copa do Mundo, o pai pretendia batizá-lo com o nome do jogador que marcasse o primeiro gol da seleção brasileira no jogo mais próximo.
“Minha mãe não gostou nada da ideia do meu pai sobre o nome, então decidiu que eu me chamaria Charles. Ou seja, Charles Müller”, ri o colecionador. Dessa forma, o que não era para estar relacionado a futebol, sem ela saber, ficou sim. De modo mais irônico, impossível.
2 respostas para “Gaúcho vende relíquias da bola em feiras”
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é cara demais as coisas desse homem
Ja visitei a banca no brique da redenção, tinha uma camisa do centenário do grêmio 2003 havana e azul toda surrada sendo vendida por 400 ou outra sem número por 120, sendo que no centro a loja do grêmio estava vendendo uma nova do mesmo modelo por 69,99. Por mais que algumas camisas sejam históricas, acho que o preço deveria também de acordo com o estado de conservação delas. Assim é fácil, tenho camisas usadas já com patrocínio e número apagados e vou pro brique vender por 200 e ver se alguém paga, apenas porque vi no mercado livre concorrentes colocando esse preço. Prós: bastante opção de produtos, coisas bem raras. Ideal para apaixonados por futebol. Contras: tudo muito caro, não vá lá com a ideia de garimpar coisas por um preco justo ou abaixo do mercado, o dono coloca um lucro muito alto sobre as pessoas que muitas vezes não estão em estado impecável.