Bento XVI investiu na seleção do Vaticano
A gestão do alemão Joseph Ratzinger como papa chega ao fim esta semana envolta em muitas críticas sobre o caminho […]

A gestão do alemão Joseph Ratzinger como papa chega ao fim esta semana envolta em muitas críticas sobre o caminho tomado pela Igreja Católica. No campo do esporte, porém, houve avanço. Mais precisamente o futebol, que ganhou força como plataforma de evangelização. Foi no papado de Bento XVI, iniciado em 2005, que o Vaticano criou sua seleção.
Era a última fronteira que faltava ao futebol vencer. O menor Estado do mundo, com 0,44 km² (cerca de 44 quarteirões) e 800 habitantes, formou sua equipe em 2010. Iniciativa do cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado da Santa Sé, quem mais manda depois do papa. Os jogadores são cardeais cidadãos vaticanos, além dos “importados”, religiosos em passagem por Roma.

A equipe é escalada a partir da Clericus Cup, realizada desde 2007. O campeonato é disputado por times de seminaristas de 70 países, que estudam Teologia no Vaticano. “É um verdadeiro mundial, que aproxima as pessoas”, explica Bertone, fã de futebol e radialista no passado, em publicação da Santa Sé.
Além da Clericus Cup, há ainda um torneio extra-oficial disputado por funcionários do Vaticano, não necessariamente religiosos. A competição, que surgiu em 1973, conta com 10 times que representam repartições como guarda, tipografia e biblioteca. Esses, porém, não vestem a camisa amarela e branca.
O Vaticano tem uma das oito seleções de nações soberanas que não são filiadas à Fifa. As outras são Mônaco, Tuvalu, Kiribati, Micronésia, Nauru, Ilhas Marshall e Palau. A maioria dos jogos da equipe da Santa Sé é contra seleções não oficiais, embora já tenha enfrentado Áustria, Eslovênia e San Marino.
A estreia da seleção, em 2010, teve no comando Giovanni Trappatoni. Católico fervoroso, ele esteve à frente da equipe no duelo contra o time da Polícia financeira da Itália. Atualmente técnico da Irlanda, o italiano já manifestou desejo de treinar o Vaticano quando se aposentar.
É um verdadeiro mundial, que aproxima as pessoas”. Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Vaticano, sobre a Clericus Cup, que garimpa jogadores para a seleção.
Adivinha qual o maior contingente de candidatos a religiosos-jogadores? Os brasileiros, presença marcante na Clericus Cup. Depois, são Itália, México e Estados Unidos. “Se nós simplesmente pegarmos os estudantes brasileiros das nossas universidades em Roma, poderíamos ter um grupo espetacular”, declarou Bertone no lançamento da equipe.

A meta da seleção é ser oficializada pela Fifa. Mas para isso será preciso de intervenção política, pois a entidade só considera nações reconhecidas pela ONU – as exceções são Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que formam a Grã-Bretanha, berço do futebol. A esperança é a concessão dada também às Ilhas Faroe, território vinculado a Dinamarca.
Se o papa é o representante de Deus na Terra, pedir ajuda divina nessa questão não custa nada. O sucessor de Bento XVI poderia dar uma forcinha.
Reportagem sobre a Clericus Cup:
6 respostas para “Bento XVI investiu na seleção do Vaticano”
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Abraços
Beleza.
Eu tenho essa camisa do Vaticano =)
Sério? Que massa! Manda uma foto para a gente publicar, por favor. Um abraço!
Poderia criar um post falando das seleções não oficializadas. Seria mass
Obrigado pela sugestão, Pedro.