O dia que torcida do Ceará invadiu Brasília
O alvinegro Tadeu Feitosa conta a ocasião em que sua família visitou Brasília vestida de Ceará

Texto de Tadeu Feitosa.
Poderia ser apenas mais um dia comum no tráfego aéreo entre a capital do Ceará e Brasília, não fosse o fato de algumas aeronaves levarem em seus interiores corações alvinegros inebriados pela excelente fase do time do coração, prestes a estar em duas decisões. Nos céus, paixões e esperanças matizados no branco e no preto de um Ceará Sporting Club rebatizado carinhosamente de Vozão.
Motivados por um convite comum para os festejos natalinos da prima e amiga Iônia, membros das famílias Feitosa, Duarte e Martins e suas misturas amorosas trataram logo de cobrir seus corpos com o branco e o preto, a fim de demonstrar as cores de suas paixões.
Assim, feições de meninas e meninos, de moços e moças, de adultos e de mais experientes, em tons alvinegros, foram tomando a chácara, já dando sinais de que a festa se estenderia em significações outras, porque onde houver alegria haverá sempre a alvinegritude cearense a demarcar espaços, a alargar fronteiras, a alegrar ambiências. Não seria um encontro qualquer, mas pautado pela magnitude da maior torcida do Estado do Ceará.

No cardápio daqueles dias festivos, o sábado seria de ocupação de Brasília até o cair da noite, quando a festa se estenderia aos festejos que justificaram aquela viagem ao Planalto Central. Como em todo encontro mítico, a mística das camisas alvinegras e suas bandeiras desfraldadas foram despontando de mãos dadas com as paixões que as justificavam. Em ritmo, emoção e tom altivos, o hino do Glorioso Alvinegro de Porangabussu foi ecoado solenemente antes da saída do ônibus que nos levaria ao passeio.
No trajeto ao famoso Plano Piloto de Brasília, buzinas e acenos iam brindando a inesperada e ritualística invasão alvinegra. Talvez a maior fora dos contextos dos jogos de futebol. As cores e a alma do Ceará Sporting Club deram ao Memorial JK outros vieses históricos, agora sob o escudo do time mais querido do Estado do Ceará.
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O dia 18 de abril de 2015 pintado em branco e preto não apenas indiciava os bons presságios das finais do Campeonato Cearense e do Nordestão, mas também alterava a ambiência da Esplanada dos Ministérios, enquanto levava às torres irmãs do Congresso Nacional a brasilidade e leveza que elas deveriam ter.
Entre fotos, acenos, e musicalidades, a torcida alvinegra também disse amar Brasília, na visita à famosa torre. Com o mesmo ímpeto e alegria rezou na Catedral, levou alegria aos palácios e transformou o sábado brasiliense em amor e paixão. Não foi um passeio apenas, mas um rito de passagem, com explícitas demarcações de territórios. Coisas que só os torcedores entendem e que só o preto e o branco proporcionam. Porque ambos se desejam e, juntos, dão maior significados ao nosso amor pelo Vozão.
Veja o passeio da família alvinegra em Brasília: (clique para ampliar)
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www.verminososporfutebol.com.br/papo-serio/14-curiosidades-sobre-o-centenario-ceara
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