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Prisão de O.J. Simpson ofuscou abertura da Copa de 1994 e finais da NBA e da NHL

O documentário “June 17, 1994”, lançado pela ESPN em 2010, revive um dia histórico na mídia americana

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O documentário "June 17, 1994" mostra como a prisão de O.J. Simpson paralisou os EUA e ofuscou grandes eventos esportivos (Foto: Divulgação)
“June 17, 1994” mostra como a prisão de O.J. Simpson paralisou os EUA (Foto: Divulgação)

O ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson morreu nessa quarta-feira (10), aos 76 anos. Um motivo para ver (ou rever) um documentário que retrata o momento que simbolizou a transformação do jornalismo em reality show.

Parte da série “ESPN 30 For 30“, que marcou os 30 anos da principal emissora esportiva norte-americana, o documentário “June 17th, 1994” resgata como foi o dia da prisão de O.J. Simpson, acusado de matar a ex-esposa e um amigo dela.

Não era um dia qualquer

Para contextualizar, aquela não era uma data qualquer para os americanos. No mesmo dia, ocorriam quatro grandes eventos esportivos nos Estados Unidos, país onde o esporte é uma representação cultural. Foram eles:

1) A abertura da Copa do Mundo de futebol, jogo entre Alemanha e Bolívia, em Chicago, o que marcava o ressurgimento do esporte no país.

2) Arnold Palmer, um dos maiores jogadores de golfe na história, disputava seu último US Open, em Pittsburgh.

3 e 4) E, em Nova York, acontecia a primeira conquista desde 1940 do time de hóquei no gelo NY Rangers na final da NHL; e o jogo 5 de 7 do NY Knicks contra o Houston Rockets, nas finais da NBA, sendo que o time da cidade não era campeão desde 1973.

Mesmo com tudo isso em jogo, o país paralisou – ao acompanhar a prisão de O.J. Simpson.

A prisão de O.J. Simpson desbancou a abertura da Copa do Mundo (Foto: Divulgação)
A prisão de O.J. Simpson desbancou a abertura da Copa do Mundo (Foto: Divulgação)

Quem foi O.J. Simpson?

Orenthal James Simpson, o O.J. Simpson, superou um raquitismo na infância, que o levou a usar aparelhos nas pernas até os 5 anos, para se tornar um bem-sucedido running back (corredor), nos anos 60 e 70, e entrar para o Hall da Fama do futebol americano.

Pós-carreira, O.J. Simpson virou uma celebridade gigante. Engatou comerciais, programas e filmes. Chegou a ser cotado para protagonizar “Exterminador do Futuro”, estrelado por Arnold Schwarzenegger. Era um herói nacional.

Com o assassinato da ex-esposa de O.J. Simpson, Nicole Brown, no dia 12 de junho de 1994, os pedidos por justiça alcançaram todo o país. Aí veio a surpresa, quando em 17 de junho a polícia de Los Angeles emitiu mandado de prisão de O.J.

O que se passou teve um impacto midiático inédito. O.J. Simpson fugiu de carro, um Ford Bronco branco, e a perseguição policial por 96 km foi transmitida ao vivo. Do alto, dezenas de helicópteros de TVs acompanhavam a história que parecia ficção.

Capa do documentário da ESPN de 2010 (Foto: Divulgação)
Capa do documentário da ESPN de 2010 (Foto: Divulgação)

Documentário com imagens de TVs

O documentário “June 17th, 1994”, dirigido por Brett Morgen, conta com uma linguagem diferenciada. Não há nenhuma entrevista, nenhuma gravação com lembranças sobre o episódio.

Tudo é retratado a partir de cenas coladas de diversos canais de TV dos Estados Unidos, em 54 minutos de duração. Mesmo nas transmissões dos eventos esportivos que ocorriam em paralelo, não havia outro assunto naquele dia.

“Quem vai querer nos assistir?”, pergunta o narrador no US Open de golfe. “Sinto algo surreal nessa transmissão continuando com tudo isso acontecendo lá fora. Mas esse é nosso trabalho”, constata o narrador na transmissão da NBA.

“Quem vai querer nos assistir?” (Narrador durante transmissão do US Open)

O.J. Simpson, um herói nos EUA, deixou o país sem ar em 17 de junho de 1994 (Foto: Reprodução)
O.J. Simpson, um herói nos EUA, deixou o país sem ar em sua fuga em 17 de junho de 1994 (Foto: Reprodução)

Prisões e julgamentos

O.J. Simpson acabou preso na perseguição. Seu julgamento, iniciado em setembro, durou mais de um ano. A transmissão do veredicto, em 5 de outubro de 1995, foi vista por 100 milhões de pessoas nos EUA, audiência maior que a chegada do homem à Lua.

O astro foi inocentado pela Justiça. Mas não ficaria fora das grades por muito tempo.

Depois de uma série de problemas legais ao longo dos anos, incluindo uma sentença por piratear TV por assinatura, em 2007 O.J. Simpson foi acusado de assalto a dois vendedores de artigos esportivos colecionáveis, num hotel de Las Vegas.

O.J. negou, alegando que tentara recuperar objetos que seriam seus, e que não estaria armado. Ele foi considerado culpado, sendo condenado a 33 anos de prisão. Em 2017, recebeu liberdade condicional, situação em que permaneceu até 2021.

A vida de O.J. Simpson, que morreu com câncer de próstata após um ano do diagnóstico, teve os elementos ideais para uma biografia – glória e desonra entrelaçados. Provavelmente o astro voltará às telonas, mas dessa vez com um enredo contando sua própria história.

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