Único cearense em Copas do Mundo foi um árbitro: Airton Vieira de Morais
Airton de Vieira de Morais, ex-jogador do Fortaleza, virou árbitro e foi à Copa do Mundo de 1970
Até hoje, um único cearense entrou em campo em partida de Copas do Mundo. Mas não para chutar uma bola. O autor da proeza era árbitro e apitou em 1970, no México. Foi Airton Vieira de Moraes, que se consagrou como um dos melhores árbitros do país nas décadas de 1950 e 1960.
Profissional que fez carreira no futebol do Rio de Janeiro, o cearense atuou no jogo Itália 0x0 Israel, em Toluca, pela 1ª fase. Foi o auge de uma carreira que se iniciou por acaso.
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Ex-jogador de futebol
Antes de virar árbitro, Airton era lateral-esquerdo, tendo sido bicampeão cearense de 1946 e 1947, pelo Fortaleza. No final da década de 1940, ele partiu para o Rio, onde fez teste no Fluminense. Após dois meses e nenhuma chance no time, o cearense perambulou por América, Bonsucesso, Madureira e Olaria, até que, em 1952, teve a ideia que mudaria sua vida.
Airton resolveu fazer teste para árbitro da federação do Rio de Janeiro e acabou aprovado. Famoso pelo estilo “linha dura”, dificilmente perdia o controle do jogo. “Como fui jogador, já sabia as manhas deles”, contou o cearense, em entrevista a este jornalista em 2009. “Ganhei um torneio de queda-de-braço em 1953”.
Suspeita de favorecimento
Apesar do respeito no Brasil, Airton desembarcou no México sob suspeita de que faria parte de um esquema para favorecer o Uruguai no jogo contra a Suécia. Retirado da partida, ele apitou o outro duelo do grupo B. “Talvez por ciúme, alguém espalhou o boato de que eu teria ligação com o Codesal (José Maria Codesal, ex-árbitro e então dirigente uruguaio)”.
Logo depois da Copa de 1970, Airton teve que abandonar a carreira, após a federação do Rio de Janeiro anunciar que não renovaria seu contrato. “Um segundo baque como aquele já era demais para mim”, relatou o ex-árbitro, que depois atuou como radialista até a década de 1980, até aposentar-se.
“Como fui jogador, já sabia as manhas deles”. (Airton Vieira de Morais)
Irmão do ex-técnico César Moraes, Airton nunca mais morou em Fortaleza. “Só fui de férias algumas vezes. Visitei o Castelão em 2005, num jogo entre Ceará e Fortaleza”. Torcedor e conselheiro do Flamengo, Airton foi um amante do futebol até sua morte, em 2013. Só uma coisa o deixava irritado: erro de juízes. “Eu fico doido de raiva”, dizia. Quem tem viu, quem te vê…
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