Sorte de quem é colecionador de futebol e consegue reservar um guarda-roupa para suas camisas. Mais ainda quem tem um cômodo só para elas. Já ter um apartamento inteiro exclusivo para a coleção é coisa para poucos – quem tem um segundo imóvel e, além disso, acumulou blusas suficientes para enchê-lo. Caso do gaúcho Salomão Furer Junior.

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Suas 3 mil camisas ocupam todo um imóvel em São Leopoldo, cidade a 36 km de Porto Alegre. O apartamento de dois cômodos e 90 m² está repleto de blusas, dispostas em cabides em cerca de 30 araras.

O “apartamento das camisas” fica a 400 metros de sua residência. Pertinho, assim sempre que precisa ele vai lá pegar alguma camisa. Em casa mesmo, ficam somente as cerca de 150 do Aimoré, time local para quem torce.

“Aqui não existe nada de uma residência normal. Apenas camisas de futebol”, resume Salomão. Mania que, felizmente, não enfrenta resistência em casa. “Não posso dizer que minha esposa curte minha paixão, mas ao menos respeita”.

Coleção gigante

O comerciante de 43 anos é um dos maiores colecionadores de futebol do Brasil. “Não faço a menor ideia de quantos times e seleções são”, admite o comprador nato. “A mim faltam todas as camisas que não tenho. Qualquer peça que eu não tenha me interessa demais”, brinca.

“A mim faltam todas as camisas que não tenho. Qualquer peça que eu não tenha me interessa demais”. (Salomão Furer Junior)

Entre suas relíquias, Salomão tem uma camisa da seleção vestida por Pelé, além de uma medalha de campeão do mundo do Grêmio, time de que também é torcedor. Quase tudo na coleção está disponível para venda, exceto as camisas do Aimoré. “São as únicas inegociáveis”, reforça.

Colecionador desde a infância, o gaúcho já fez todo tipo de loucura para levar novidades ao apê. Bem, nem tudo. “Acho constrangedor abordar pessoas na rua. Fico sem graça e deixo a oportunidade passar”, explica. Não fosse isso, a coleção poderia ser ainda maior.

Serviço:

Perfil de Salomão Furer Júnior.