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Dica cultural

Canto Invisível: Estudantes fazem documentário sobre acessibilidade em estádios

Trabalho de Conclusão de Curso na PUC de Campinas passeia pelo mundo de torcedores com deficiência

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O documentário Canto Invisível conta com 24min de duração (Foto: Reprodução)
O documentário Canto Invisível conta com 24min de duração (Foto: Reprodução)

O futebol é reconhecido como um esporte democrático, em que todos podem usufruir dele, seja praticando ou torcendo. Mas será que no Brasil as pessoas com deficiência acham que o acesso ao esporte é facilitado? Que os estádios estão preparados para recebê-los? O documentário Canto Invisível, de um grupo de estudantes de Jornalismo da PUC de Campinas (SP), buscou responder essas perguntas.

O filme, com 24 minutos de duração, foi lançado em 2022, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). A direção é de Felipe Bertochi, Gabriel Carneiro e Gabriel Arantes. A equipe conta ainda com Júnior Fiúza, Gabriel Arantes e Jeferson Manhani, com orientação de Amanda Artioli.

Sair da zona de conforto

O futebol era um tema da preferência de todos, mas havia entre eles uma necessidade de sair da zona de conforto. Foi quando a questão da acessibilidade nos estádios ganhou força. Vários assuntos foram aprofundados durante a pesquisa de pré-produção, como capacitismo, leis e estatutos.

“A ideia de criar o documentário partiu do Nickollas Greco, torcedor do Palmeiras e deficiente visual que recebeu prêmio da Fifa. Pensamos que a história dele todo mundo já conhece, então fomos atrás de outros personagens”, relata Felipe Bertochi.

As redes sociais foram essenciais para o documentário ganhar vida. Assim os produtores conseguiram contato com alguns entrevistados e, com o passar do tempo, conhecendo cada vez mais movimentos ligados à causa da deficiência, outras fontes foram achadas.

Estrutura precisa melhorar

Felipe entende que os estádios mais modernos do estado de São Paulo estão mais preparados, mas que as praças esportivas antigas não têm nenhuma estrutura para receber pessoas com deficiência. “Falta informação, empatia e educação. A sociedade não está preparada para a pessoa com deficiência, e o futebol menos ainda”, constata.

“Foi um projeto além do aprendizado e uma experiência que mudou a minha maneira de observar os lugares que frequentamos”, reforça Gabriel Carneiro. “Espero que o documentário traga reflexões que boa parte da sociedade não faz”, completa Gabriel Arantes. Confira o filme completo abaixo.

“A sociedade brasileira não está preparada para a pessoa com deficiência, e o futebol menos ainda”. (Felipe Bertochi)

 


> Reportagem produzida por Yuri de Melo, com edição de Rafael Luis Azevedo, do Verminosos por Futebol.


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