A casa de Francisco se destaca na rua. Não apenas pelo muro verde, tonalidade pouco comum por aí, mas principalmente por causa do enorme escudo do Palmeiras, de 2 metros de diâmetro. É o cartão de visita desse morador de Maracanaú-CE, apaixonado pelo Verdão como poucos. Acha exagero? Experimenta passar pelo portão.

Tudo, literalmente tudo na casa de Francisco Antônio Maciel é verde. Por fora, por dentro… Nenhum cômodo escapa, nenhum móvel também. Tudo tem ou a cor verde ou um escudo do Palmeiras. Ou vários ao mesmo tempo. O que não é originalmente vendido pelo clube acabou improvisado pelo torcedor.

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Por exemplo, é o caso do estofamento do sofá, dos pufes e das cadeiras da mesa de jantar. Francisco mandou fazer uma estampa verde, com vários escudos do Palmeiras. “O que não encontro eu dou meu jeito”, conta o cearense, vigilante de uma escola da cidade.

Palmeiras da Parmalat

Essa paixão toda não é de agora. Francisco começou a virar um louco pelo Palmeiras a partir dos títulos do Brasileirão de 1993 e 1994. Aquele timaço virou a cabeça dele. “Herdei a paixão do meu pai, que também era palmeirense”, relembra. Vínculo que agora passa para a terceira geração da família.

O primeiro filho de Francisco, Evair, já faleceu. O segundo também tinha de ser uma homenagem a seus ídolos. Nasceu Euller. Claro, também alviverde. “Gosto do meu nome, é diferente”, comenta o “Filho do Vento” genérico.

A esposa Antonisa Menezes já foi resistente, mas hoje não coloca freio no “museu verde”, porque sabe que é melhor se aliar do que lutar contra. “Ele gosta de mim e do Euller, mas amor mesmo é pelo Palmeiras”, reconhece a mulher, que tenta se empolgar com a temática da decoração. “Cuido dos detalhes, dos cantinhos”, aponta.

“Ele gosta de mim e do Euller, mas amor mesmo é pelo Palmeiras”. (Antonisa Menezes)

Inclusive, a cor preferida vai além da decoração. Mesmo a comida que não é verde ganha um toque esverdeado. “Ele me pediu pra fazer o purê de batatas verde. Usei corante, ficou bom”, relata. Assim, a mania dele vai longe!