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Professor de artes desenha escudos de futebol e bandeiras em caixinhas de fósforos

O artista Diego de Medeiros, de Belo Horizonte, já pintou mais de 700 caixinhas de fósforos

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Diego de Medeiros faz uma arte diferenciada: caixinhas de fósforos temáticas (Foto: Acervo pessoal)
Diego de Medeiros faz uma arte diferenciada: caixinhas de fósforos temáticas (Foto: Acervo pessoal)

Para um artista, todo espaço é possível para manifestação da arte. Foi assim que o Diego de Medeiros, artista visual e professor de artes de Belo Horizonte, idealizou um trabalho curioso. Ele pinta escudos de futebol e bandeiras de países em caixinhas de fósforos.

Até o momento desta entrevista ao Verminosos por Futebol, Diego já havia pintado 766 caixinhas. Foram 414 com escudos de clubes e seleções de futebol, de todos os estados do Brasil e de 83 países de todos os continentes, e 352 com bandeiras de países.

A última peça ganhou o escudo e as cores do Comercial-MS. “Foi a primeira vez que fiz uma caixinha a pedido de alguém, no caso um torcedor”, conta Diego, de 33 anos.

Quando tudo começou

Essa arte de pintar caixinhas de fósforos existe desde a infância, mas ficou adormecida por um tempo. Há cinco anos, Diego achou as peças e decidiu ressuscitar o trabalho.

Inicialmente, o artista fez caixinhas de todos os países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Depois, resolveu diversificar os desenhos.

“Comecei fazendo bandeiras, mas agora já há mais emblemas de clubes”, aponta Diego, que sempre busca equipes menos famosas. “Sou fissurado em logo de clubes, tenho centenas salvas no meu computador”.

“Sou fissurado em logo de clubes, tenho centenas salvas no meu computador”. (Diego de Medeiros)

Diego de Medeiros faz uma arte diferenciada: caixinhas de fósforo temáticas (Foto: Acervo pessoal)
Inicialmente, o artista fez caixinhas de todos os países reconhecidos pela ONU (Foto: Acervo pessoal)

Material utilizado

As caixinhas de fósforos são feitas pelo próprio artista, utilizando caixinhas industriais como molde. Caixas de sucrilhos e de bombons, além de outros restos de materiais, servem de base. “Uso tesoura, cola, fita adesiva e régua”, descreve.

Para as pinturas, bastam lápis grafite, lápis de cor e caneta esferográfica. Diego não costuma desenhar diretamente na superfície das caixas. “Utilizo papel branco por cima. Isso facilita na precisão do desenho”, explica.

As caixinhas são guardadas em casa, dentro de caixas maiores, como de sapato. “Como é um número que só vai aumentando, guardá-las é uma tarefa cada vez mais difícil”, diverte-se.

Diego já apresentou seus trabalhos no tempo de faculdade, mas deseja fazer uma exposição um dia. Se o futebol é visto como arte, suas caixinhas de fósforos personalizadas são uma nova possibilidade.

Serviço:

Veja as caixinhas de fósforo com escudos de clubes e bandeiras de países: instagram.com/caixinhas.artisticas.


> Reportagem produzida por Yuri de Melo, com edição de Rafael Luis Azevedo, do Verminosos por Futebol.


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