O Mundial do Qatar já está sendo chamado de a “Copa dos acréscimos”. Mas isso não acontece a toa. O presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina, explica que se trata de uma orientação para que os juízes deem o acréscimo que for necessário para refletir os minutos em que as partidas ficaram paralisadas.

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Tempo desperdiçado

É uma forma, assim, de aumentar o tempo de bola rolando. “Quando falamos sobre tempo desperdiçado num jogo, temos que diferenciar o tempo desperdiçado por causa do jogo e o tempo desperdiçado deliberadamente pelos atletas. A maior parte costuma ser por causa do jogo”, compara Collina.

“Em uma partida, temos em média nove minutos desperdiçados durante cobranças de laterais. Eles são parte do jogo, mas o que a gente fez na Copa da Rússia, e talvez você se recorde, é calcular de forma mais precisa o tempo a ser compensado ao fim de cada parte”, acrescentou o ex-árbitro, ao site da Fifa.

Gols nos acréscimos

Essa tem sido uma das marcas do atual Mundial, e esteve evidente em diversas situações, entre elas, quando o Irã selou a sua vitória de 2 a 0 diante de País de Gales. Na ocasião, os dois gols iranianos foram marcados depois dos 45 minutos do 2º tempo – o primeiro deles aos 53, e o segundo aos 56.

“Pense, por exemplo, em uma partida com três gols marcados. A comemoração leva ao redor de um minuto e meio, então você perde em torno de cinco a seis minutos por algo que, naturalmente, é legal de ver. Mas o que queremos fazer é calcular de modo correto o tempo a ser adicionado”, concluiu Collina.

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