Onde se joga melhor futebol: Argentina, Brasil ou Espanha? Eduardo Coudet responde
Em quatro anos, o técnico Eduardo Coudet passou por equipes de México, Argentina, Brasil e Espanha
Por Sérgio Sá
Nos últimos quatro anos, o argentino Eduardo Coudet treinou equipes de quatro países: Tijuana (2017), do México; Racing (2018/19), da Argentina; Internacional (2020); e Celta de Vigo (onde está desde 2020), da Espanha. Ninguém melhor do que ele para comparar estilos de jogo após as experiências.
“Na Argentina é um futebol muito mais físico do que no Brasil. O futebol brasileiro não tem tanto contato”, aponta Coudet, em entrevista ao time da Betway, casa de aposta online. O treinador, que impressionou a imprensa brasileira em sua passagem pelo Internacional, é só elogios aos atletas do país.
“Os jogadores, fisicamente, são mais fortes do que em qualquer parte do mundo. São mais velozes, mais técnicos, mas é um futebol que, se eu for dizer a diferença em relação ao argentino, é que não tem tanto toque. É um futebol muito bonito, muito equilibrado, que muda muito”, compara o treinador.
“Os jogadores (brasileiros), fisicamente, são mais fortes do que em qualquer parte do mundo. São mais velozes, mais técnicos”. (Eduardo Coudet)
Primeira experiência europeia
Apesar do sucesso rapidamente conquistado no Brasil, Coudet preferiu deixar o Internacional, após apenas 10 meses de comando, ao receber um convite para seu primeiro trabalho na Europa. Assim, trocou o líder do Brasileirão do ano passado por um dos lanternas do Campeonato Espanhol.
Para o Celta de Vigo, valeu a pena – o time já está 11 pontos acima da zona de rebaixamento na Espanha. Em 21 jogos, são oito vitórias, seis empates e sete derrotas. Como preveem as apostas de fãs, será o suficiente para Coudet terminar na zona intermediária da tabela de uma das principais ligas do mundo.
Mas a perspectiva para o futuro é boa. O Celta acaba de inaugurar um moderno centro de treinamentos, com três campos, academia completa, instalações para jogadores profissionais e das categorias de base, piscina e sala de imprensa. “Em termos de estrutura, é um passo gigantesco”, destaca.
E na Espanha, como é?
Em um quarto país em tão pouco tempo, Coudet ampliou seu repertório. “No futebol espanhol, há uma diferença na velocidade, na tomada de decisões, em como a bola corre, na velocidade em que a bola é tocada”, explica o treinador. “Bem, todos têm suas características, e são todos diferentes”.
Mais um técnico de uma leva de argentinos de destaque, como Diego Simeone, Mauricio Pochettino e Marcelo Bielsa, Coudet espera ter o mesmo crescimento com a ida para o futebol europeu. “O bom de ter treinado em ligas diferentes é aprender a se adaptar. Isso te enriquece como pessoa”.
“O bom de ter treinado em ligas diferentes é aprender a se adaptar”. (Eduardo Coudet)
Aos 46 anos, e seis de carreira, Coudet soma dois títulos: o Campeonato Argentino de 2018/19 e o Troféu de Campeões de 2019, torneio equivalente à Supercopa do Brasil, que reúne os campeões da liga e da copa na Argentina. Talvez a relação se amplie na Europa. Mesmo sem tantas conquistas, moral ele já tem.
Perfil:
Nome: Eduardo Germán Coudet
Nascimento: 12 de setembro de 1974
Naturalidade: Buenos Aires, Argentina
Clubes como treinador: Rosario Central-ARG (2015/16), Tijuana-MEX (2017), Racing-ARG (2018/19), Internacional (2020) e Celta de Vigo-ESP (desde 2020)
Títulos como treinador: Campeonato Argentino (2018/19) e Troféu dos Campeões (2019), pelo Racing
Títulos como jogador: Campeonato Argentino Apertura (1999) e Clausura (2000, 2002, 2003 e 2004), pelo River Plate; e Copa Conmebol (1995), pelo Rosario Central
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