Mascote do Ji-Paraná homenageia torcedor que levava mascote vivo aos jogos
Marambaia criou a tradição de levar galos aos jogos do Ji-Paraná, de Rondônia. Hoje, o clube tem um boneco do Galo nos gramados, e seu nome é… Marambaia

Essa é a história de um mascote vivo, e de seu dono, torcedor-símbolo de um time, que viraram o próprio mascote da equipe. Uma homenagem que é particularidade do Ji-Paraná Futebol Clube, de Rondônia.
O Jipa, da cidade de Ji-Paraná, a 400 km da capital Porto Velho, foi fundado em 1991. Na época, o primeiro presidente, Vicente Leles, pediu ao amigo Edmar Duarte, o Marambaia, que escolhesse um mascote para o clube.
Marambaia elegeu o galo. Mas só ter um animal como marca não era suficiente. O torcedor começou a levar seus galos a todos os jogos do time. E assim nasceu uma tradição, que perdurou durante anos.
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Nomes curiosos
Foram 12 mascotes vivos, um de cada vez. Por ordem, Reco-Reco, Azeitona, Sabino, Pepino, Diogo, Sabugo, Cheiroso, Repugo, Melozo, Tissika, Tissoka e Brasil a Fora.
Pra completar, o criador ainda pintava seus animais em azul-celeste, cor do Ji-Paraná. A tinta acrílica saía depois de seis meses, até a troca da penugem do galo.
“Era uma festa entre a criançada”, relembra Marambaia. A superstição foi interrompida em 2017, quando o torcedor passou a receber ameaças de ser “enquadrado pela polícia”. “Para evitar problemas, parei de levá-los”, relata.
“Era uma festa entre a criançada”. (Edmar Duarte, o Marambaia)
Surgiu então um mito, difundido em Rondônia, de que autoridades sanitárias proibiram a presença do mascote vivo em jogos. “Na realidade, eu nunca fui notificado oficialmente”.
Tissoka foi o penúltimo dos galos vivos em jogos (Foto: Shara Alencar/GloboEsporte.com) Boneco do Galo
Mas o Ji-Paraná não ficaria sem galo pra chamar de seu. Naquele ano, o clube lançou um boneco do Galo, que já era seu mascote oficial. Em eleição online, o nome mais votado para o novo símbolo foi… Marambaia. “Um orgulho”, confidencia o torcedor.
Atualmente, Marambaia cria seis dos galos que iam com ele aos jogos – os demais morreram. Nunca mais eles voltaram aos estádios. Por ironia, desde então o Ji-Paraná não levantou taças. Quem sabe seja a falta dos amuletos deixados num galinheiro.
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