Um tesouro para amantes de álbuns de figurinhas repousa no interior do Rio Grande do Sul, à espera de um entusiasta com condições de dar seguimento nele. A família do colecionador Jeferson Nunes, falecido em 2019, colocou à venda um acervo gigante que ele mantinha.

Talvez uma das maiores coleções do gênero no Brasil, o material conta com cerca de 70 mil figurinhas não coladas e 260 álbuns, entre completos e incompletos. São cerca de 90 álbuns de futebol, de diversos campeonatos, e o restante de outras temáticas.

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Difícil organização

A coleção foi herdada pela viúva, a gaúcha Rosani Klitzke. Após um trabalho cansativo, ela conseguiu catalogar o acervo, que estava armazenado em 30 caixas – tanto os álbuns quanto as figurinhas repetidas, todas distribuídas em ordem em caixinhas de cigarro.

“Foi muito difícil. Encontrei uma lista, mas não consegui entender, pois estava incompleta. Fico ansiosa ao mexer com isso”, relata Rosani, moradora da cidade de Getúlio Vargas (RS), distante 330 km de Porto Alegre. “Tive vontade de chorar”, compartilha.

“Encontrei uma lista, mas não consegui entender, pois estava incompleta. Fico ansiosa ao mexer com isso”. (Rosani Klitzke)

Jeferson colecionou álbuns de figurinhas entre 2005 e 2019, até sua morte, aos 39 anos, vítima de câncer. Sua coleção era um hábito diário. “Ele passava umas 3h por dia envolvido com isso, talvez um pouco mais ou menos”, relembra Rosani.

O que tem na coleção

Na coleção deixada por Jeferson Nunes, são muitos álbuns de futebol. Só de Campeonatos Brasileiros, de 16 edições diferentes: 1999, 2002, 2003 e de 2005 a 2017. Já de Copas do Mundo, de 2006 a 2018.

Há ainda relíquias, como o álbum Brasil Campeão Mundial de Futebol, lançado em 1958, que na internet chega a ser vendido por colecionadores por até R$ 1.800.

Além de álbuns de futebol desejados por colecionadores, no acervo estão também raridades de outras temáticas, como os livros ilustrados Brasil Pátria Amada e Brasil Minha Pátria, ambos de 1972, no auge da Ditadura Militar, facilmente avaliados em mais de R$ 1.000.

Quanto custa a coleção?

Rosani não curte colecionismo de figurinhas, nem entende do assunto. Então, não definiu preço para a coleção, estando aberta a ofertas de colecionadores. “Quem pagar mais leva. Estudarei cada proposta. A que eu sentir que merece levar será fechado”, define.

A venda será, também, uma homenagem ao marido. “Não faço ideia de quanto irei receber por tanto tempo e dinheiro investidos. Ele dedicou sua vida a essa coleção”, descreve Rosani. Que o acervo encontre as mãos certas.

Serviço:

Quer fazer uma proposta pela coleção, com 260 álbuns e 70 mil figurinhas?

Falar com Rosani Klitzke, de Getúlio Vargas (RS): rosaniklitzke15@gmail.com.

Confira a catalogação do acervo.

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