Terry Butcher lembra banho de sangue
O zagueiro que disputou três Copas ficou famoso pela foto em que aparece banhado de sangue, em 1989

Terry Butcher nunca se perdoou por não saber quem registrou sua famosa foto ensanguentado. Reza a lenda que esse é o clique mais comprado da história do jornalismo esportivo britânico. Se os direitos de imagem fossem seus, imagina que estaria rico. “É meu maior arrependimento no futebol”, ironiza o ex-jogador, em entrevista à revista inglesa Four Four Two de março.
O clique aconteceu no dia 6 de setembro de 1989, num jogo da Inglaterra contra a Suécia, em Estocolmo, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo da Itália. O duelo que terminou sem gols normalmente seria esquecido pelo público com o tempo, não fosse o estado deplorável de Butcher ao apito final.
Ferido na cabeça, o sangue rompeu a gaze, desceu pelo rosto e banhou a camisa branca. A imagem, naturalmente, virou símbolo do futebol-força do zagueirão de 1,93m. “Em todo lugar que vou, as pessoas me perguntam sobre isso. A foto se tornou maior do que eu”, constata o jogador, que considera este o jogo mais marcante de sua carreira.

Nascido na Cingapura e criado em Lowestoft, na Inglaterra, Butcher começou a jogar no Ipswich Town, time de coração do pai. Lá, ficou de 1976 a 1986, virando ídolo do clube. Depois, passou pelo Rangers, da Escócia, e chegou a ser jogador e técnico simultaneamente no Coventry City e no Sunderland. Por times, uma carreira sem tanto destaque.
Bem diferente da fama que conquistou pela seleção. Butcher estreou em 1980, aos 21 anos, e na Copa de 1982 era o mais jovem do elenco. Em 1986, foi um dos marcadores que Maradona enfileirou no gol em que atravessou meio campo com a bola. No lance, é ele quem aplica um carrinho quando o goleiro já estava para trás. Sem sucesso.
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Após o jogo, Butcher e Maradona foram sorteados para o exame anti-doping. O inglês aproveitou a oportunidade para questionar se o primeiro gol do argentino naquele duelo das quartas-de-final, o mais polêmico da história das Copas, havia sido com a cabeça ou com a mão.
“Ele mentiu para mim, provavelmente porque sou um pouco mais alto. Eu deveria ter lhe dado um soco, por ter nos tirado da Copa do Mundo”, lamenta, quase três décadas depois. A reação faria jus ao sobrenome do zagueiro, cuja tradução é familiar aos brasileiros. Sabe o que significa “butcher” em português? Açougueiro.
Veja imagens do jogo do sangue:
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 O jornalista Rafael Luis Azevedo, 42, é editor do Verminosos desde 2012. É um dos 15 profissionais mais premiados na história do jornalismo no Nordeste, segundo o Portal dos Jornalistas. Cobriu as Copas do Mundo de 2010 e 2014, foi co-autor de livros sobre o Ceará e o estádio Presidente Vargas e diretor dos documentários "Aqui é Flamengo" e "Mimo: O Milagre de Milagres" (vencedor do Cinefoot 2022). É também editor do Jornal da Cidade, da TV Cidade/Record. Antes, passou pelos sites Tribuna do Ceará, Vós e O Povo Online, jornal O Povo, rádio Alece FM e TVs Jangadeiro/SBT, O Povo/Cultura, Cidade/Record e Alece TV, todos de Fortaleza, nos cargos de repórter, produtor, social media, editor, coordenador e diretor. Já fez reportagem e produção freelancer para as TVs Globo e France 24 (FRA), as revistas Four Four Two (ING), So Foot (FRA), Courrier International (FRA) e Placar e os sites BBC Brasil, Vice, UOL, Agência Pública e The Epoch Times (EUA), além de produção de documentários para as TVs France 2 (FRA) e National Geographic (EUA).
							
							O jornalista Rafael Luis Azevedo, 42, é editor do Verminosos desde 2012. É um dos 15 profissionais mais premiados na história do jornalismo no Nordeste, segundo o Portal dos Jornalistas. Cobriu as Copas do Mundo de 2010 e 2014, foi co-autor de livros sobre o Ceará e o estádio Presidente Vargas e diretor dos documentários "Aqui é Flamengo" e "Mimo: O Milagre de Milagres" (vencedor do Cinefoot 2022). É também editor do Jornal da Cidade, da TV Cidade/Record. Antes, passou pelos sites Tribuna do Ceará, Vós e O Povo Online, jornal O Povo, rádio Alece FM e TVs Jangadeiro/SBT, O Povo/Cultura, Cidade/Record e Alece TV, todos de Fortaleza, nos cargos de repórter, produtor, social media, editor, coordenador e diretor. Já fez reportagem e produção freelancer para as TVs Globo e France 24 (FRA), as revistas Four Four Two (ING), So Foot (FRA), Courrier International (FRA) e Placar e os sites BBC Brasil, Vice, UOL, Agência Pública e The Epoch Times (EUA), além de produção de documentários para as TVs France 2 (FRA) e National Geographic (EUA).  
















Impensável e inadmissível para os dias atuais. Acho que foi assim que nasceu a camisa Vermelho Sangue à lá America-RJ da Inglaterra. rs E naquela época não havia touquinha de natação…