Ruas de Mesquita-RJ homenageiam o Tetra
Romário, Bebeto, Aldair, Ricardo Rocha, Cafu, Dunga, Mauro Silva, Raí e Muller têm suas ruas
Romário e Bebeto, parceiros de seleção brasileira, estão lado a lado em Mesquita-RJ, na Baixada Fluminense. Ambos são nomes de ruas que dividem esquina. E não só eles foram homenageados no bairro de Cosmorama. Vários jogadores da equipe que conquistou o tetra, em 1994, batizaram vias. São os casos de Aldair, Ricardo Rocha, Cafu, Dunga, Mauro Silva, Raí e Muller, além do técnico Parreira.
O conjunto popular que formou o bairro foi concluído pouco depois da Copa do Mundo dos EUA. No calor da empolgação com o título, a escolha dos nomes acabou sendo natural. “Eu capinei o matagal que deu lugar às casas”, orgulha-se Suely Delmiro, de 53 anos, em entrevista por telefone ao Verminosos por Futebol. A carioca mora na rua Aldair, e se gaba disso. “Ele era um bom jogador”.
Na época, Mesquita era um bairro de Nova Iguaçu, tendo se desmembrado em 1999. Antes da construção da comunidade de Cosmorama, havia um matadouro na região. “O projeto foi do prefeito do Rio de Janeiro na época, César Maia, em parceria com Nova Iguaçu. As casas no início eram bem simples”, relembra o pastor Luiz Costa, da Igreja Batista local.
Todos os jogadores homenageados deram nome a pequenas travessas, tendo a partir de oito casas. O único tetracampeão que batizou uma rua maior foi Romário, via cuja extensão é de cerca de 150 metros. “Em época de Copa do Mundo, a gente enfeita tudo. Essa é uma comunidade muito unida”, conta Suely.
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As “ruas do tetra” têm um vizinho famoso: o estádio Giulite Coutinho, do América. É lá onde o 5º maior time do Rio manda seus jogos, desde 2000. Uma das pontas da rua Romário, torcedor americano, começa atrás do lance de arquibancada da tribuna de imprensa. “Vários jogadores do clube moram no bairro”, relata Márcio Alexandre, segurança do América e também morador do Cosmorama.
Por ironia, o Giulite Coutinho é mais conhecido como estádio de Edson Passos, nome de bairro vizinho em Mesquita. Na realidade, o estádio de 16 mil lugares está dentro dos limites de Cosmorama. Os moradores da comunidade se incomodam com o engano. Mas nem precisavam. Afinal, Edson Passos não tem nenhuma rua com o nome de alguém que vestiu a amarelinha.
“Moro na rua Aldair. Ele era um bom jogador. Tenho o maior orgulho disso”. (Suely Delmiro)
Curiosidade: Mesquita, cidade com 168 mil habitantes, possui dois times que acabam ofuscados pela presença do estádio do América do Rio: o Mesquita Futebol Clube, dono do estádio Niélsen Louzada, com 6 mil lugares, e a Associação Atlética Volantes, proprietária do Augusto Simões, com 2 mil lugares. Ambos já disputaram o Campeonato Carioca.
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