Padrão Fifa? Estádio bom não tem cadeira
Vem do primo pobre paulistano a imagem mais genuína do futebol brasileiro em 2016
Os defensores da modernização do futebol brasileiro embarcaram na onda do tal padrão Fifa. No discurso que se tornou comum nos anos anteriores a Copa do Mundo de 2014, bom é o estádio com poltrona acolchoada, camarote, tribuna de honra e lanchonete com TV exibindo o jogo que passa, logo ali, no gramado.
Assim, o Brasil copiou, com dinheiro público, estruturas de países ricos da Europa e dos Estados Unidos. Agora, sofre não só para mantê-las, mas para atrair gente para frequentá-las. Mesmo nas capitais mais desenvolvidas, como São Paulo, o custo elevado de operação cobrou seu preço, e o bolso dos torcedores sentiu o golpe.
> LEIA TAMBÉM
- 100 modelos da camisa nº 1 do São Paulo
- Todas as camisas listradas do São Paulo
- Todas as camisas de goleiro do São Paulo
Por ironia, vem do primo pobre paulistano, o estádio do Pacaembu, que hoje recebe um jogo aqui e acolá, a imagem mais genuína do futebol brasileiro em 2016 até este momento. Uma cena que só é possível num estádio “das antigas”, sem as tais cadeiras. Passou despercebida por muitos, mas não pelas câmeras de TV.
No sábado de Carnaval, dia 6 de fevereiro, o São Paulo venceu o Água Santa por 4 a 0. O clima de feriadão inspirou um são-paulino. Um dos gols de Jonathan Calleri teve a comemoração de um torcedor deitado na arquibancada. Esparramado com o barrigão no cimento que uns moderninhos não gostam nem de sentar.
Veja as imagens da transmissão do SporTV:
Clique no link e leia também:
2 respostas para “Padrão Fifa? Estádio bom não tem cadeira”
Deixe um comentário
Conheça o autor
O jornalista Rafael Luis Azevedo, 42, é editor do Verminosos desde 2012. É um dos 15 profissionais mais premiados na história do jornalismo no Nordeste, segundo o Portal dos Jornalistas. Cobriu as Copas do Mundo de 2010 e 2014, foi co-autor de livros sobre o Ceará e o estádio Presidente Vargas e diretor dos documentários "Aqui é Flamengo" e "Mimo: O Milagre de Milagres" (vencedor do Cinefoot 2022). Na carreira, passou pelos sites Tribuna do Ceará, Vós e O Povo Online, jornal O Povo, rádio Alece FM e TVs Jangadeiro/SBT, O Povo/Cultura, Cidade/Record e Alece TV, todos de Fortaleza, nos cargos de repórter, produtor, social media, editor, coordenador e diretor. Já fez reportagem e produção freelancer para as TVs Globo e France 24 (FRA), as revistas Four Four Two (ING), So Foot (FRA), Courrier International (FRA) e Placar e os sites BBC Brasil, Vice, UOL, Agência Pública e The Epoch Times (EUA), além de produção de documentários para as TVs France 2 (FRA) e National Geographic (EUA).
-Visite meu Linkedin
-Visite meu Linktree
// Notícias Relacionadas
// Categorias
// Histórico de Publicações
// As mais lidas
-
1
Uma lista de times alternativos para você torcer na Inglaterra
-
2
A carreira de Ancelotti nos gramados em figurinhas da Panini
-
3
O ranking de público na história da Libertadores da América (1960 a 2024)
-
4
10 relíquias de um colecionador de camisas do Juventus da Mooca
-
5
5 jogadores nascidos no exterior que defenderam a seleção brasileira
-
6
Artista já desenhou mais de 4 mil escudos de futebol no Paint
-
7
Militar ucraniano visita estádios destruídos pela guerra contra a Rússia
-
8
Reportagem sobre campo com casa dentro no Ceará recebe prêmio mundial de jornalismo esportivo
Tempo bom era aquele emque eu ia ao morumbi e ao entrar no estádio, sempre na arquibancada superior, ficava em duvida onde iria sentar..Havia muito espaço, voce podia até deitar la e tirar uma soneca antes do jogo…se o angulo nao estava bom voce podia dar a vonta no estádio sob as arquibancadas e depois voltar e ficar com100.000 lugares à sua escolha……Hoje, infelizmente podaram tudo, e o torcedores hoje assistem os jogos em pé…………tudo mudou…………..o estádio perdeu aquele carisma dele………
Estádio bom é assim.