Quando Wellinton Candido se deparou com um jornal antigo com os escudos dos integrantes do Clube dos 13, em 2001, surgiu na hora a ideia de desenhá-los a mão. Missão cumprida, ele começou a procurar por outros. Quase duas décadas e meia depois, a coleção do desenhista atingiu um número impressionante.

Até o momento, Wellinton desenhou 2.109 escudos, de 603 times brasileiros e 1.341 equipes estrangeiras, além de 229 seleções. “Poderiam ser mais, pois estou refazendo os escudos mais antigos. Tirei alguns que estavam ruins”, explica o morador de Espírito Santo do Pinhal (SP), de 36 anos.

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Tamanho dos desenhos

Todos os escudos medem entre 4 e 6 centímetros. E são feitos somente com lapiseira, lápis de cor e caneta preta. “Faço cada um entre 5 e 30 minutos, depende dos detalhes. Hoje desenho mais aos fins de semana, em média entre 8 e 10 por semana”, indica o controlador de acesso de uma empresa.

Alguns escudos são mais facilmente reproduzíveis; outros, não. “Tem vários escudos que foram mais difíceis. Tipo o do Porto, Liverpool e Zaragoza. O da Chapecoense também deu trabalho”, relata.

Os mais difíceis de desenhar, reforça, são aqueles com muitas letras. “Um bem complicado foi o do México”, relembra Wellinton, admirador da beleza de escudos como do Rosario Central, Corpus Christi (EUA), Gent e Munique 1860, além da seleção de País de Gales. “Difícil dizer qual o mais bonito”.

Onde guarda a coleção

Os desenhos dos escudos brasileiros e das seleções são armazenados em folhas dentro de pastas, enquanto os times estrangeiros estão em um caderno, separados por países. “Já vi algumas pessoas que desenham um ou outro escudo, mas como coleção eu nunca vi”, confidencia o torcedor do São Paulo.

Na época em que começou o hobby, Wellinton não tinha acesso a internet. Suas fontes eram jornais, revistas e televisão. Curiosamente, ele nunca tentou desenhar no computador.

Hoje, é possível acompanhar a evolução da coleção por meio de sua página no Instagram, a Brasil Football Logos. Apesar da habilidade evidente, Wellington mantém a modéstia. “Não me considero um artista, mas consegui me dedicar e expressar um pouco de talento ao desenhar”.

> Texto originalmente publicado em 22 de agosto de 2019.

Serviço:

Instagram pessoal | Instagram do projeto

Confira alguns desenhos da coleção:

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