Talvez você nunca tenha ouvido falar na cidade de Jaraguá do Sul, situada no nordeste de Santa Catarina, entre Joinville e Blumenau. Ou talvez você já tenha ouvido falar da pujança de suas indústrias, como a Malwee, que alcançou notoriedade pelas conquistas da equipe local de futsal, multi-campeã no início dos anos 2000, comandada pelo craque Falcão.

Mas você sabia que lá existe um clube de futebol chamado Grêmio Esportivo Juventus, que neste ano completa seu cinquentenário?

Jaraguá do Sul é a terra do lateral esquerdo Filipe Luís, da Seleção Brasileira, atleta que nunca vestiu a camisa do Time do Padre. Também é a cidade em que o atacante Clayton, do Atlético-MG, deu seus primeiros chutes na bola. Atleta que se projetou a partir do Juventus mesmo só o atacante Toto, que na década de 1990 vestiu as camisas de Flamengo e Cruzeiro.

De certo é o fato do Juventus ser a equipe mais tradicional do município, que também tem o Sport Club Jaraguá e representantes de outros esportes, como Jaraguá Breakers, campeão nacional de futebol americano em 2013.

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O Tricolor Jaraguaense nunca alcançou grande projeção nacional ou estadual. É um clube que oscila entre a disputa das Séries A e B de Santa Catarina e que, na década de 1990, chegou a disputar o Campeonato Brasileiro da Série C, sob a alcunha de Jaraguá Atlético Clube. Mas não deixa de ser um time muito amado pela sua fiel torcida e rico em histórias.

Historias essas que o escritor Henrique Porto resgatou, mais precisamente a da participação do clube em seu primeiro Campeonato Catarinense, em 1976. “Sempre gostei de assistir aos documentários da ESPN, que faz de qualquer partida algo memorável. Pensei que um dia poderia fazer isso pelo clube que aprendi a admirar como torcedor”, conta.

Porém, a pesquisa não foi nada fácil. Na época, Jaraguá do Sul só contava com dois jornais semanais, que até cobriam os jogos, mas sem o compromisso de divulgar fotos ou entrevistas.

Por este motivo foi preciso ampliar a busca, envolvendo também consultas aos acervos dos arquivos históricos de Joinville e Blumenau, além do apoio de historiadores esportivos de Santa Catarina. Além disso, os atletas da época foram ou estão sendo entrevistados, para complementar com seus relatos.

“É como montar um quebra-cabeças. De início não tinha certeza se conseguiria reunir todas as peças. Hoje tenho, em detalhes, um resumo de como foi cada um dos 26 jogos”, descreve Henrique, adiantando algumas peculiaridades.

“Sempre gostei de assistir aos documentários da ESPN e da forma como eles tratam o esporte. Fazem de qualquer partida algo memorável”. (Henrique Porto)

Como um goleiro que cobrava pênaltis, um massagista que também jogava na linha, um outro goleiro que costumava brilhar fora de casa, um artilheiro que chegou ao clube sem ser contratado, o jantar que era oferecido a todos os adversários e a presença marcante de um padre nas situações mais diversas.

Intitulado de “A primeira vez do Moleque”, o material contará com 290 páginas, repletas de fotos, histórias, fichas técnicas dos jogos e dos atletas, além de curiosidades. O lançamento será no dia 5 de novembro.

“Será a véspera da última partida do Juventus em casa pelo Campeonato Catarinense da Série B e pode significar nosso retorno à elite do futebol estadual”, destacou o autor. Se houver o acesso, o livro será sucesso de vendas.

Serviço:
Preço: R$ 50, na Editora Mundo Acadêmico.
Quer saber mais? (47) 9991-0818 e henriqueporto@yahoo.com.br.