Lalas: o meia-boca que virou ícone
Muitas circunstâncias alimentaram o folclore em torno do zagueirão que ficou famoso em 1994
Pode um jogador limitado se tornar um ícone celebrado no futebol mundial? Alexi Lalas é um caso raro que conseguiu isso. Muitas circunstâncias alimentaram o folclore em torno do zagueirão que ficou famoso em 1994. O cabelo e a barba ruivas, além da habilidade com a guitarra, contribuíram para isso. Mas a verdade é que o americano parecia destinado a brilhar.
Seu primeiro grande torneio profissional foi justo a estreia da seleção dos Estados Unidos na Copa do Mundo em casa. Uma baita responsabilidade, que Lalas tirou de letra. Após marcar craques da época como Valderrama, Hagi e Romário, ele foi eleito um dos melhores do Mundial. Apesar disso, a carreira que veio a seguir, a maior parte dela feita na MLS, não teve tanta repercussão no exterior.
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Passadas duas décadas, porém, Lalas ainda carrega uma legião de fãs pelo mundo graças ao marketing que construiu-se em torno de si. O Verminosos por Futebol reúne abaixo 10 curiosidades sobre a carreira do jogador, que poderia ser só mais um meia-boca do passado, mas que soube aproveitar bem a fama conquistada.
10 curiosidades sobre Alexi Lalas:
1) Copa do Mundo de responsa
O primeiro grande jogo profissional oficial da carreira de Alexi Lalas foi a estreia dos Estados Unidos na Copa do Mundo de 1994, empate contra a Suíça em 1 a 1. Jogador de futebol e hóquei da universidade Rutgers, do estado de Nova Jersey, ele foi convocado em 1991 para integrar a equipe permanente de “soccer”, visando o Mundial em casa. Antes disso, chegou a participar da Copa Ouro, em 1993. Na Copa, ele tinha 24 anos.
2) Ouro em Pan-Americano
Antes da Copa do Mundo, Lalas já havia defendido a seleção na conquista do ouro no Pan-Americano de Havana, em Cuba, em 1991, e nas Olimpíadas de Barcelona, na Espanha, em 1992. O zagueiro ainda disputou as Olimpíadas de 1996, como um dos jogadores acima de 23 anos. Pela seleção, esteve ainda na Copa de 1998, mas não entrou em campo.
3) Passagem frustrada na Inglaterra
Após a Olimpíada de 1992, Lalas chegou a fazer um teste no Arsenal, treinando com a equipe reserva. Acabou barrado por deficiência técnica.
4) Pioneiro na Itália
Graças ao sucesso conquistado na Copa de 1994, Lalas se tornou o primeiro americano a assinar um contrato profissional no futebol italiano, com a equipe do Padova, onde jogou de 1994 a 1996.
5) Carreira sólida na MLS
Lalas foi um dos jogadores que participaram da 1ª edição da Major League Soccer (MLS), em 1996, atuando pelo New England Revolution. Até a aposentadoria em 2004, defendeu ainda New York MetroStars, Kansas City Wizards e Los Angeles Galaxy. Sua única saída foi um breve empréstimo ao Emelec, do Equador, em 1997, onde não fez nenhum jogo.
6) Diploma tardio
Quando passou a defender a seleção permanente dos Estados Unidos, em 1991, Lalas precisou abandonar a faculdade. Graças a um programa de aulas online, ele concluiu a licenciatura em inglês com especialização em música em 2014.
7) Boleiro roqueiro
Apaixonado por música, Lalas foi vocalista e guitarrista da banda de rock Gypsies, chegando a lançar dois discos.
8) Tapete para Beckham
Após aposentar as chuteiras, Lalas trabalhou como gerente em equipes da MLS, como San Jose Earthquakes, New York Red Bulls e Los Angeles Galaxy. Em LA, teve papel importante no acerto do time local com David Beckham.
9) Palpiteiro no microfone
Ao deixar o futebol, Lalas se tornou comentarista esportivo. Teve passagem pela ESPN e hoje trabalha para a Fox Sports.
10) Origem grega
Seu nome esquisitão – Panayotis Alexander Lalas – se deve a origem grega do pai, casado com uma americana. Além do inglês e do grego nativos, ele aprendeu a falar espanhol e italiano.
(*) Atualização às 14h: A gente informou no texto que a Copa do Mundo havia sido a primeira competição profissional de Lalas, mas ele já havia disputado a Copa Ouro de 1993.
Clique no link e leia também:
www.verminososporfutebol.com.br/viagem-no-tempo/11-times-mais-alternativos-da-nasl
5 respostas para “Lalas: o meia-boca que virou ícone”
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Parabéns pela matéria! Esse cara me marcou pela aparência, diferente de todos os outros que já tinha visto. Muito interessante saber mais dele.
Obrigado, Bruno!
Rafael, tem um erro grave ai. O primeiro jogo como profissional não foi na Copa. Ele já tinha jogado a Copa Ouro de 93 (que é profissional, é a Copa América da Concacaf, podemos dizer assim).
Opa, Roberto, vou conferir, pois as estatísticas dele estão considerando dados a partir de 1994. Um abraço!
Obrigado pela dica, Roberto. Tá consertado.