Garoto do Congo que sonha virar arquiteto faz maquetes de estádios com papelão

Jogo lúdico

Garoto do Congo que sonha virar arquiteto faz maquetes de estádios com papelão

Jorkiam Samba Mampuya, o Djodjo, viralizou com uma maquete de estádio de Kinshasa

Postado por Rafael Luis Azevedo - 10/10/22

Djodjo utiliza papelão, papel de revista, cola e tinta no trabalho (Foto: Ruptly) — Djodjo utiliza papelão, papel de revista, cola e tinta nas maquetes de estádios (Foto: Ruptly)

Fotos de um menino segurando uma maquete de estádio em papelão têm viralizado em redes sociais e sites de notícias de futebol desde 2020. Essa é a história de Jorkiam Samba Mampuya, o Djodjo, de 14 anos.

Morador de Kinshasa, no Congo, o garoto sonha em virar arquiteto. Enquanto isso, ele se diverte construindo miniaturas de estádios de futebol, com papelão, papel de revista, cola e tinta.

Estádio dos Mártires

A reprodução que o tornou famoso foi do estádio dos Mártires, da capital congolesa. “Comecei com pequenos estádios, até chegar a esse tamanho”, conta Djodjo, em entrevista ao Ruptly.

Antes, ele construiu maquetes dos estádios do Real Madrid e do Barcelona, além do 20 de Maio, de Kinshasa, onde Muhammad Ali derrotou George Foreman, em 1974, e o Municipal de Lubumbashi, do Mazembe.

“Eu passo muito tempo fazendo maquetes de estádios e pouco tempo jogando futebol. Eu não gosto de futebol, gosto de fazer maquetes de estádios”, admite o garoto, o mais velho de cinco irmãos.

Apesar dos materiais simples utilizados, Djodjo consegue reproduzir os estádios com detalhismo. Até mesmo a cobertura do estádio dos Mártires está lá presente na miniatura, por exemplo.

“Eu não gosto de futebol, gosto de fazer maquetes de estádios”. (Jorkiam Samba Mampuya, o Djodjo)

O estádio dos Mártires foi uma das reproduções de Djodjo (Foto: Ruptly)

Maiores arquitetos do mundo

Apesar de sua realidade difícil, vivendo num dos países de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Djodjo espera um dia se tornar um dos maiores arquitetos do mundo. “Que as pessoas se lembrem de mim”, torce o garoto.

“Que as pessoas se lembrem de mim”. (Djodjo)

Bem, um dos aspirantes a arquiteto mais conhecidos do mundo ele já é.

Djodjo espera um dia se tornar um dos maiores arquitetos do mundo (Foto: Ruptly)

> Dica de Marcelo Cavalcante.

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Conheça o autor

O jornalista Rafael Luis Azevedo, 41, é editor do Verminosos desde 2012. É um dos 14 profissionais mais premiados na história do jornalismo no Nordeste, segundo o Portal dos Jornalistas, com 47 premiações. Cobriu in loco as Copas do Mundo de 2010 e 2014, foi co-autor de livros sobre o Ceará e o estádio Presidente Vargas e diretor dos documentários "Aqui é Flamengo" e "Mimo: O Milagre de Milagres" (vencedor do Cinefoot 2022). É também gerente geral da Alece TV, tendo passagens pela Alece FM, sites Tribuna do Ceará, Vós e O Povo Online, jornal O Povo e TVs Jangadeiro/SBT, O Povo/Cultura e Cidade/Record, todos de Fortaleza, nos cargos de repórter, produtor, social mídia, editor, coordenador e diretor. Já fez reportagem e produção freelancer para as TVs Globo e France 24 (FRA), as revistas Four Four Two (ING), So Foot (FRA), Courrier International (FRA) e Placar e os sites BBC Brasil, Vice, UOL, Agência Pública e The Epoch Times (EUA), além de produção de documentários para as TVs France 2 (FRA) e National Geographic (EUA).

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