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A Corner lançou campanha de financiamento coletivo para viabilizar a publicação de 2ª edição

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A revista Corner lançou campanha de financiamento coletivo para a 2ª edição (Foto: Divulgação)
A revista Corner lançou campanha de financiamento coletivo (Foto: Reprodução)

“Parabéns a quem – por amor a Gutenberg – ainda aposta no impresso”. A frase de Xico Sá merece uma plaquinha. Para ser exposta como mantra na sede da Corner, revista que, mesmo com só uma edição, chegou a ser comparada a Piauí. Passado um ano do lançamento, ela está de volta. Mas, para chegar às bancas, precisará de sua ajuda.

Focada em cultura do futebol, a Corner lançou uma campanha de financiamento coletivo no site Benfeitoria, para viabilizar a publicação de sua segunda edição. Para atingir a meta, a revista necessita de R$ 25.630. Faltando 30 dias para o fim do prazo, em 10/6, já foram arrecadados R$ 3.520, a partir do investimento de 77 colaboradores.

“Como nossos recursos só nos permitiram imprimir a primeira edição, resolvemos ir pelo crowdfunding, buscando a continuidade da revista através do nosso leitor, diretamente”, explica o jornalista e publicitário Fernando Martinho, um dos três diretores da Corner.

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Na primeira edição da revista, o desempenho da loja virtual foi acima do esperado. Além disso, a ausência de publicidade rendeu feedback positivo. “Decidimos, então, apostar na relação direta com nossos leitores, sem intermediários. E o nosso leitor vai entender que ele é parte e não um mero consumidor final”, analisa Fernando.

A aprovação quanto ao conteúdo com pegada cultural, hoje raridade na imprensa esportiva no Brasil, sobretudo na mídia impressa, resultou em elogios efusivos. “Pessoas nos diziam: ‘Ah, vocês são tipo uma Piauí do futebol?’ Obviamente que entendemos como um elogio, e adoramos ouvir isso. Mas estamos trilhando nosso caminho. E um dia, vão dizer pra Piauí: ‘Vocês são tipo a Corner de assuntos gerais?’ — brincadeira!” Se leitores comprarem a ideia (literalmente), não duvide disso.

Confira abaixo entrevista com Fernando Martinho.

“Queremos publicar uma edição a cada trimestre”

Verminosos por FutebolA 2ª edição só irá pra rua se a meta for atingida? Ou as colaborações resultarão de qualquer jeito na impressão, mesmo que em menor quantidade?
Fernando Martinho – A única forma de garantir a segunda edição é através do crowdfunding. Já estamos trabalhando com valores mínimos, quantidades mínimas. Papel é muito caro. Imprimir 100 revistas ou 1 mil dá quase no mesmo. É tudo ou nada. Se a meta não for atingida a revista não sai, e quem colaborou será ressarcido.

VerminososQuem faz parte da direção da revista?
Fernando – Eu (enquanto jornalista e publicitário) idealizei a revista, mas sem o meu sócio, Leonardo Miranda (fotógrafo e designer gráfico), não deixaria de ser só uma ideia. O Guilherme Jungstedt (jornalista e músico) fecha o que chamamos internamente de núcleo da revista. Somos os três de Petrópolis, nos conhecemos de lá. Mas nos últimos 10 anos moramos a maior parte do tempo no Rio de Janeiro.

VerminososNos últimos anos surgiram várias revistas de futebol com esse perfil cultural mundo afora. Vocês tiveram como inspiração o trabalho de alguma publicação em especial?
Fernando – Total e diretamente. Morei em Barcelona entre 2013 e 2014. Lá conheci de perto a Panenka e outras revistas da Europa. Não tenho nenhuma vergonha em dizer que a Corner é inspirada nelas, desde a linha editorial até o projeto gráfico. Me apaixonei pelos projetos. A primeira referência, porém, é o site português Futebol Magazine, cujo editor é o Miguel Lourenço Pereira. Foi o primeiro projeto não factual que conheci em português. Nossa publicação também é colecionável. É um item pra se ter na mesa de centro, na estante da casa do leitor.

A Corner é composta por Leonardo Miranda, Fernando Martinho e Guilherme Jungstedt (Foto: Divulgação)
Leonardo Miranda, Fernando Martinho e Guilherme Jungstedt (Foto: Divulgação)

VerminososNos canais esportivos da TV fechada, até pouco tempo atrás, valorizava-se mais o futebol que acontece fora das quatro linhas. A corrida em busca de audiência e views baseada na factualidade de grandes clubes e ídolos ameaça a diversidade de abordagens no Brasil?
Fernando – Falamos disso na primeira edição. A ESPN Brasil tinha um perfil diferenciado. Mas, tive uma experiência em agências de publicidade que me permitiu entender a mudança de conteúdo do canal, a Sportv massacrava os números da ESPN. Inicialmente, imaginei que a entrada da Fox Sports traria uma diferenciação maior entre os players desse mercado. Mas no final das contas, eles ficaram muito parecidos entre si. A massificação da TV fechada, que é algo muito positivo, trouxe mais competitividade em conteúdos especializados, mas perde-se muito tempo — na minha opinião — debatendo se foi pênalti ou não, se a bola bateu na mão ou se a mão bateu na bola. A audiência começou a pautar todos os programas. O Esporte Interativo entrou forte no mercado, mas não traz nada de novo, é um quarto canal fazendo o mesmo tipo de jornalismo esportivo. Nós queremos, justamente, conectar pessoas que desejam muito mais do que discussões sobre arbitragem ou análises táticas em painéis touch.

VerminososSomente uma única revista de futebol do Brasil vingou nacionalmente. Isso é um dado que mais preocupa ou motiva uma nova publicação do gênero?
Fernando – Depende de por onde se quer olhar. Obviamente, enxergamos isso como uma grande oportunidade. E acharíamos muito bom se a Trivela voltasse ou se outra revista surgisse. Vi projetos que achei que iam ser impressos como a Sarrià e o Puntero Izquierdo. Tomara que influenciemos outras iniciativas e investimentos. Outra revista de futebol com uma abordagem cultural só enriqueceria o jornalismo e a literatura no país. Na Espanha existem duas. Elas não competem de maneira negativa. Se completam até. São revistas melhores coexistindo, sem dúvida.

“Nós queremos conectar pessoas que desejam muito mais do que discussões sobre arbitragem ou análises táticas em painéis touch”. (Fernando Martinho)

VerminososNa primeira edição, vocês contaram com bom número de textos produzidos a partir de viagens internacionais, o que representa um custo que vem sendo colocado em 2º plano por muitos veículos do Brasil. Esse privilégio vai seguir nas próximas edições?
Fernando – Nosso modelo de negócio não é convencional. Trabalhamos em casa. Viajar e produzir esse material, como eu fiz, é muito mais barato do que manter uma redação, uma estrutura fixa, luz, contas etc. Fiz isso muito inspirado em João Castelo Branco, que fiz questão de conhecer em Londres e pude ter o prazer de entrevista-lo. Ele faz tudo sozinho, deu uma aula de como produzir materiais relevantes, de qualidade estética e jornalística nessa incrível façanha do Leicester. Eu morei fora, e já tinha viajado bastante antes. Consigo me hospedar na casa de amigos e sei como economizar viajando. Mas o que mais dá prazer é receber conteúdos de altíssima qualidade, de pessoas de diferentes lugares do Brasil e do mundo. Assim como a Panenka, vamos sempre estimular que nos mandem pautas, se envolvam, que nós vamos nos empenhar pra publicar esse material, sendo até, quem sabe, um hub de conteúdos independentes.

VerminososA proposta da Corner é ser uma espécie de Piauí do futebol? Essa é uma boa comparação?
Fernando – Muito bom! Esse “apelido” veio de fora no nosso núcleo. Pessoas diversas nos diziam isso: “Ah, vocês são tipo uma Piauí do futebol?”. Obviamente que entendemos como um elogio, e adoramos ouvir isso. Porém, a Piauí é a Piauí e nós somos a Corner. Adoramos a Piauí. Mas estamos trilhando nosso caminho. E um dia, vão dizer pra Piauí: “Vocês são tipo a Corner de assuntos gerais?” — brincadeira!

VerminososSe tudo der certo quanto a 2ª edição, quando deve sair a 3ª? Os planos seguem para edições trimestrais?
Fernando – Nosso planejamento já está montado. Em julho a #2 estará na casa de quem colaborar no crowdfunding. E a #3 deve sair em setembro. Já temos bastante conteúdo para a terceira edição, inclusive. Nossa intenção inicial se mantém. Queremos publicar uma edição a cada trimestre.

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