O desenho de um uniforme de futebol causou ira na Bolívia. O designer inglês Angelo Trofa, de 26 anos, passou as férias no país. Ao voltar para Bletchley, resolveu homenagear os bolivianos com um de seus desenhos boleiros, em fevereiro. As cores escolhidas para a camisa da seleção, porém, geraram polêmica. E uma série de mensagens e emails desaforados.

Ao invés do verde, vermelho e branco tradicional, Angelo optou pelas sete cores do arco-íris da bandeira Wiphala (ou Whipala), que representa os povos andinos também do Equador e do Peru. Ele não imaginava que a escolha resultaria em tanta hostilidade. “A reação foi ridícula. É apenas o desenho de um kit de futebol”, lamentou o inglês, em entrevista à BBC.

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A quem considerou uma ofensa às cores tradicionais da Bolívia, Angelo responde que os xingamentos são um desrespeito da população não-indígena a bandeira Wiphala. “Recebi torrentes de abuso, principalmente homens bolivianos irritados. Pessoas dizendo que eu estava a serviço dos nazistas, e que me mataria se eu voltasse”, relata.

No Facebook de Angelo, muitos comentários foram como o de Omar Ruiz, que sugeriu “mais respeito por um país e suas tradições”. Nem precisava tanta polêmica. O desenho se parece com a camisa do Bochum, time alvianil da Alemanha, que na temporada 1998-99 também estampou o arco-íris. O desenho não foi inspirado nos alemães, mas bem que poderia.

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