Cruiff baiano nasceu após Copa de 1974
Francisco e Maria decidiram que o nome de seu primeiro filho seria bem diferente
Quando receberam a notícia da chegada do primeiro filho, em 1974, Francisco e Maria decidiram que seu nome seria bem diferente. A escolha foi uma homenagem ao craque da Copa do Mundo daquele ano e ao melhor brasileiro da Fórmula 1. Nascia então Cruiff Emerson Pinto da Silva, referência ao holandês Yohan Cruyff e ao piloto Emerson Fittipaldi.
A decisão foi motivada por um trauma do casal. Durante meses, eles precisaram percorrer cartórios de Salvador para efetivar a união. Tudo porque Maria de Lourdes Silva possuía várias homônimas na Bahia. “Tinha uma mulher nascida no mesmo dia que já era casada. Foi um problema provar que ela era outra pessoa”, relembra Francisco.
Na intenção de um nome diferenciado, o casal não pensou muitas vezes até definir o tributo a Cruyff. “Sempre fui fã dele, um craque de bola”, conta o mecânico aposentado, hoje com 66 anos. A escolha, naturalmente, sempre chamou a atenção de quem é apresentado ao filho, que tem 39 anos.
“As pessoas relacionam na hora ao jogador. Tanto que não me chamam de Cruiff, pronunciando com ‘u’, mas sim com ‘a’, como é com Cruyff”, diverte-se o estatístico. O baiano já viveu muitas situações engraçadas. “Quando jogava futebol, sempre me escolhiam logo”, relembra. Só depois descobriam que aquele é mesmo seu nome, e que o tal “craque” não passa de um perna-de-pau.
> LEIA TAMBÉM
- Holanda dirige 20 mil km pra ver a Copa do Mundo
- Conheça Mikey Wilson, o menino holandês do dedo em riste
Depois de Cruiff, nasceram Cassius Marcelo, em menção ao boxeador Cassius Clay, e Caroline Maria, reverência à princesa Caroline de Mônaco. Francisco estava inspirado, mas não superou a criatividade no batismo do primogênito. “O Cruyff sempre foi famoso no Brasil, por isso as pessoas comentam mais”, supõe o mecânico.
Conhecer o craque que recebeu a homenagem seria um sonho. Quando questionado sobre o que diria se tivesse a oportunidade, Cruiff chega a ficar sem palavras. “Se eu o visse, desejaria sorte”, resume, após alguns segundos de silêncio. Possivelmente, para o próprio Cruyff o encontro seria tão especial quanto.
// Categorias
// Histórico de Publicações
// As mais lidas
-
1
Este é o ranking de público na história do Campeonato Carioca (1971 a 2023)
-
2
Colecionador de postais de estádios sofre AVC, e família coloca acervo à venda para ajudar no tratamento
-
3
Este é o ranking de público na história do Campeonato Paulista (1971 a 2023)
-
4
O ranking de público do Brasileirão na era dos pontos corridos (2003-2023)
-
5
Torcedora constrói uma “casa do Grêmio” no interior de Santa Catarina
-
6
Artista produz álbuns de figurinhas com ilustrações de jogadores
-
7
Colecionador tem todas as camisas da história do Metropolitano-SC
-
8
Argentino viajante de estádios se especializa em futebol brasileiro
Deixe uma resposta