ConIFA faz a Copa do Mundo alternativa
A ConIFA reúne 35 seleções consideradas não-oficiais pela Federação Internacional de Futebol

O mundo do futebol estará de olho no San Siro neste sábado (28), onde ocorrerá a final da Liga dos Campeões da Europa 2015/16. Levantado o troféu, as atenções se voltam para a Eurocopa e a Copa América. Porém, outro torneio de seleções, muito mais abrangente globalmente, será disputado no mesmo período, com abertura neste sábado: a Copa do Mundo ConIFA 2016.
A competição é organizada pela Confederation of Independent Football Associations (ConIFA), criada em 2013, em Lulea, na Suécia. Será a segunda edição de seu Mundial de seleções alternativas, que concorre com a Copa do Mundo Viva, que já teve seis edições, promovida pela Nouvelle Fédération-Board (NF-Board), fundada em 2003, em Liege, na Bélgica.
A ConIFA reúne 35 seleções consideradas não-oficiais pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), sendo formadas por micronações, regiões autônomas, povos sem nações, minorias étnicas e associações regionais. Dentre elas, 12 se classificaram para a Copa do Mundo ConIFA, que será realizada na Abecásia, na Europa, de 28 de maio a 6 de junho.
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Além da equipe-sede, participarão do campeonato seleções de três continentes: Armênia Ocidental, Chipre do Norte, Lapônia, Padânia, Récia e Szekely, da Europa; Coreanos do Japão, Curdistão, Ilhas Chagos e Panjabe, da Ásia; e Somalilândia, da África. (Saiba mais sobre os participantes abaixo)
Haviam obtido a qualificação para a Copa do Mundo as equipes do Condado de Nice (campeã em 2014) e do Povo Romani, da Europa, e da comunidade Aymará, da América do Sul, porém elas desistiram da participação. Devido a preocupações quanto a segurança na Abecásia, a Ilha de Man seguiu recomendação do governo britânico de não viajar para a competição.
A Abecásia integra o território da Geórgia e conseguiu o reconhecimento de sua independência por parte da Rússia e da Venezuela. Os jogos, parte da propaganda separativa, serão realizados em dois estádios acanhados nas cidades de Sukhumi e Gagra. O maior tem 4 mil lugares. Pequeno para os sonhos desses povos que adorariam concorrer a uma vaga na Copa do Mundo da Fifa.
Conheça os participantes:
GRUPO A

Abecásia (Abkhazia – Europa)
Parte integrante da Geórgia, o território na costa do Mar Negro conseguiu o reconhecimento da independência por parte de países como Rússia e Venezuela. Sua seleção foi formada em 2007.
Redes sociais: Facebook

Ilhas Chagos (Chagos Islands – Ásia)
As Ilhas Chagos são um arquipélago no oceano Índico, entre a África e a Ásia, sendo disputadas pelo Reino Unido e pelas Ilhas Maurício. Sua equipe de futebol foi formada em 2003.
Site: chagosrefugeesgroup.org
Redes sociais: Facebook e Twitter

Armênia Ocidental (Western Armenia – Europa)
Esse povo, com cultura e idioma próprios, vive na Turquia, e em nome da liberdade viveu uma diáspora pelo mundo. Em 2015, eles formaram sua seleção.
Site: www.ffowa.com
Redes sociais: Facebook e Twitter
GRUPO B

Curdistão (Kurdistan – Ásia)
A região, situada no Iraque, venceu a Copa do Mundo Viva 2012, com jogo final em casa diante de 22 mil torcedores. Os curdos buscam a independência, passando a ter sua seleção em 2006.
Site: kurdistan-fa.net
Redes sociais: Facebook

Szekely (Szekely – Europa)
A seleção, criada em 2014, representa os szekelys, um povo húngaro que historicamente vive na Transilvânia, região da Romênia.
Redes sociais: Facebook

Coreanos do Japão (United Koreans of Japan – Ásia)
A seleção é baseada no FC Coreia, clube japonês fundado em 1961, por norte-coreanos que conseguiram fugir do regime ditador do país vizinho. O povo Zainichi, que conta com cerca de 900 mil pessoas no Japão, é discriminado no país. A equipe se filiou a ConIFA em 2015.
Site: fckorea.org
Redes sociais: Facebook e Twitter
GRUPO C

Chipre do Norte (Northern Cyprus – Europa)
A República Turca do Chipre do Norte é reconhecida somente pela Turquia. A região tem longa história no futebol, e já participou de Copas do Mundo de diversas entidades alternativas, sendo vice-campeã da Copa do Mundo Viva 2012.
Site: www.ktff.net
Redes sociais: Facebook e Twitter

Padânia (Padania – Europa)
A seleção representa o Vale do Pado, um projeto de região institucional no norte da Itália. Sua seleção, formada em 2008, é tricampeã da Copa do Mundo Viva e venceu a 1ª Copa Europeia ConIFA, em 2015. Enoch Balotelli, irmão de Mario, é um dos jogadores.
Site: www.padaniasports.it
Redes sociais: Twitter

Récia (Raetia – Europa)
A região era uma província do Império Romano, formada pelo povo Rhaetian. Hoje situada entre Suíça e Alemanha, a Récia tem sua seleção desde 2011.
Site: www.faraetia.ch
Redes sociais: Facebook e Twitter
GRUPO D

Panjabe (Panjab – Ásia)
Representa a comunidade de Panjape, que se estende da Índia ao Paquistão.
Site: www.panjabfa.com
Redes sociais: Facebook e Twitter

Lapônia (Sapmi – Europa)
A região minoritária integra parte dos territórios de Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia. A seleção foi criada em 2003, sendo campeã da Copa do Mundo Viva 2006, e foi refundada em 2014. Seu uniforme tem um colorido inusitado: vermelho, verde, amarelo, azul e branco.
Redes sociais: Facebook

Somalilândia (Somaliland – África)
Busca reconhecimento como uma região autônoma da Somália. A seleção que representa esse povo foi criada em 2011, e conta com jogadores que imigraram para países como EUA, Canadá, Inglaterra e Yemen.
Site: www.not4gottenfoundation.com
Redes sociais: Facebook e Twitter
Site da ConIFA:
conifaofficial.wordpress.com
Site da Copa do Mundo ConIFA:
worldfootballcup.org
Clique no link e leia também:
http://www.verminososporfutebol.com.br/papo-serio/quais-as-26-selecoes-nao-fifa-da-conifa/
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 O jornalista Rafael Luis Azevedo, 42, é editor do Verminosos desde 2012. É um dos 15 profissionais mais premiados na história do jornalismo no Nordeste, segundo o Portal dos Jornalistas. Cobriu as Copas do Mundo de 2010 e 2014, foi co-autor de livros sobre o Ceará e o estádio Presidente Vargas e diretor dos documentários "Aqui é Flamengo" e "Mimo: O Milagre de Milagres" (vencedor do Cinefoot 2022). É também editor do Jornal da Cidade, da TV Cidade/Record. Antes, passou pelos sites Tribuna do Ceará, Vós e O Povo Online, jornal O Povo, rádio Alece FM e TVs Jangadeiro/SBT, O Povo/Cultura, Cidade/Record e Alece TV, todos de Fortaleza, nos cargos de repórter, produtor, social media, editor, coordenador e diretor. Já fez reportagem e produção freelancer para as TVs Globo e France 24 (FRA), as revistas Four Four Two (ING), So Foot (FRA), Courrier International (FRA) e Placar e os sites BBC Brasil, Vice, UOL, Agência Pública e The Epoch Times (EUA), além de produção de documentários para as TVs France 2 (FRA) e National Geographic (EUA).
							
							O jornalista Rafael Luis Azevedo, 42, é editor do Verminosos desde 2012. É um dos 15 profissionais mais premiados na história do jornalismo no Nordeste, segundo o Portal dos Jornalistas. Cobriu as Copas do Mundo de 2010 e 2014, foi co-autor de livros sobre o Ceará e o estádio Presidente Vargas e diretor dos documentários "Aqui é Flamengo" e "Mimo: O Milagre de Milagres" (vencedor do Cinefoot 2022). É também editor do Jornal da Cidade, da TV Cidade/Record. Antes, passou pelos sites Tribuna do Ceará, Vós e O Povo Online, jornal O Povo, rádio Alece FM e TVs Jangadeiro/SBT, O Povo/Cultura, Cidade/Record e Alece TV, todos de Fortaleza, nos cargos de repórter, produtor, social media, editor, coordenador e diretor. Já fez reportagem e produção freelancer para as TVs Globo e France 24 (FRA), as revistas Four Four Two (ING), So Foot (FRA), Courrier International (FRA) e Placar e os sites BBC Brasil, Vice, UOL, Agência Pública e The Epoch Times (EUA), além de produção de documentários para as TVs France 2 (FRA) e National Geographic (EUA).  
















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