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Papo sério

Como é o futebol na Coreia do Norte?

O país mais fechado do mundo também tem um futebol pouco conhecido mundialmente

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A seleção da Coreia do Norte disputou as Copas de 1966 e 2010 (Foto: Fifa/Divulgação)
A seleção da Coreia do Norte disputou as Copas de 1966 e 2010 (Foto: Fifa/Divulgação)

Por Sérgio Sá

O país mais fechado do mundo é sempre envolto de mistérios. Afinal, todas as informações que temos sobre lá vêm de imigrantes ilegais, enquanto as viagens de estrangeiros são muito difíceis de conseguir e estas são permanentemente monitoradas.

A cultura e as leis são muito diferentes. Os líderes são cultuados como deuses e os norte-coreanos trabalham seis vezes por semana; no sétimo fazem um trabalho voluntário. Não há acesso a internet também, sendo esta restrita aos estrangeiros que visitam o país. Portanto, muitos sites como o br.netbet.com são proibidos por lá. Nesse contexto, você já se perguntou como é o futebol no país de Kim-Jong-Un?

A Seleção Norte-Coreana de Futebol foi filiada a Fifa em 1945, sendo que a primeira aparição mundial ocorreu durante a Copa de 1966. Sem muita atenção da mídia, a seleção acabou se destacando por conseguir eliminar a Itália e tendo sucessivas conquistas, até ser derrotada por Portugal por 5 a 3 durante as quartas de final.

A segunda Copa só veio em 2010, 44 anos depois da primeira, sendo que esta não teve um bom desempenho e acabou marcando apenas um gol durante toda sua participação.

Brasileiro na Coreia do Norte

O ex-técnico de futebol Eduardo Maragon, convidado a participar de uma partida contra a Coreia do Norte em Pyongyang pelo Atlético Sorocaba, deu declarações bem peculiares sobre o evento ao jornal O Tempo.

“Quando fui cumprimentar o treinador da Coreia do Norte, eles tomaram aquilo como uma ameaça. Surgiram militares de todos os lados. Não era costume deles. Para a Coreia do norte, só saía voos da China. Então tivemos que deixar vários dos nossos aparelhos eletrônicos em um hangar para depois embarcar”, relembrou.

Na mesma entrevista, ele disse que o estádio contava com 80 mil pessoas vestidas com uniformes militares e, quando a bola ia para o time brasileiro, era um silêncio completo, algo que mudava completamente quando os norte-coreanos pegavam a bola.

“Quando a Coreia pegava a bola, a festa era gigantesca. Um barulho ensurdecedor. Algo extremamente sincronizado”, diz.

Devido a pouca penetração em outros países, a Coreia do Norte recusou várias vezes disputar campeonatos internacionais, o que acabou levando a uma pausa no crescimento do futebol ao longo do anos.

“Quando a Coreia pegava a bola, a festa era gigantesca. Um barulho ensurdecedor”. (Eduardo Maragon)

“Um grande problema para a transferência é que alguns países não aceitam o passaporte norte-coreano e não dão ou demoram a dar visto de trabalho a estes. A Inglaterra é um exemplo disso”, explica o estudante de jornalismo Lenan Cunha, criador do perfil no Facebook “Futebol na Coreia do Norte”.

No entanto, Kim Jong Un não mede esforços para que o país se torne uma potência esportiva, e anda investindo “pesado” para que isso se torne realidade. A ideia agora é investir no futebol feminino.

“O futebol norte-coreano perdeu sua competitividade devido ao regime fechado”, disse o jornalista esportiva Ji Han, da Coreia do Sul, numa entrevista ao canal Globo Esporte.

“No entanto, no começo desse século, o país passou a investir em um sistema de treinamentos mais forte. Isso ficou ainda mais evidente com o início do regime de Kim Jong Un. Ele quer fazer da Coreia do Norte uma potência esportiva. Vendo o potencial que o futebol feminino já tinha no país, ele investiu pesado na modalidade, e muitos talentos foram descobertos e lapidados. Essas meninas que hoje estão no topo do mundo, logo mais estarão competindo na categoria adulta. Então, o planejamento norte-coreano para o futebol feminino vem dando muito certo”.

Ainda segundo Ji Han, as jogadoras norte-coreanas se destacam pela força física, já que muitas delas são treinadas no exército do país, além de jogarem com uma forte motivação. O guia turística “Kim” (nome fictício) também acredita que essa é uma das poucas formas dos norte-coreanos saírem do país.

“Para os atletas, investir na carreira esportiva na Coreia do Norte é muito vantajoso, já que o governo abre algumas exceções visando o desenvolvimento de atletas que estejam mostrando potencial”.

A seleção feminina da Coreia do Norte hoje tem boa referência (Foto: Fifa/Divulgação)
A seleção feminina da Coreia do Norte hoje tem boa referência (Foto: Fifa/Divulgação)

O esporte é uma das poucas maneiras de se conseguir viajar para fora do país, por exemplo. Apesar da seleção masculina de futebol norte-coreana não ser forte, temos dois atletas atuando na Europa. Kwang Song Han, de 19 anos, jogou no Perugia na última temporada, mas pertence ao Cagliari, e Il Gwan Jong, de 25 anos, atua pelo Luzern da Suíça.

Apesar disso, os norte-coreanos precisam seguir regras pré-estabelecidas pela ditadura comunista, sendo que a decisão do ditador é irrevogável. Kwang Song Han havia sido convidado para participar de um programa de televisão, sendo impedido pelo governo norte coreano. Caso ele não obedecesse, poderia ser deportado e sofrer punições sob a rígida lei da Coreia do Norte.

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