Heron Oliveira já fez de tudo para conseguir novas camisas do Cruzeiro vestidas por jogadores. Em sua coleção, com cerca de 400 peças usadas em partidas, ele conseguiu algumas com servente, gente na rua e torcedores no estádio. A mais curiosa delas, por ironia, foi obtida com a amante de um atleta. Qual? Bem, é melhor deixar pra lá.

“Para saber se a camisa é mesmo ‘quente’, pergunto tudo quando não conheço a pessoa. Numa dessas, a mulher me disse que era amante do jogador, e até me mostrou fotos ao lado dele. Eles eram bem íntimos, realmente estavam juntos”, diverte-se Heron, de 29 anos, empresário que mora em Divinópolis, a 118 km de Belo Horizonte.

Para entrar em seu guarda-roupa, é obrigatório que a camisa tenha sido vestida por um jogador. Essa particularidade iniciou em 1997, quando ganhou uma blusa usada por atleta. “Qualquer pessoa pode comprar em loja ou pela internet, então preferi colecionar camisas de jogo”, diferencia Heron, que foi se desfazendo das peças de loja ao longo dos anos.

Atualmente, em seu acervo há relíquias vestidas ídolos como Tostão, Jairzinho, Dirceu Lopes, Ronaldo, Dida, Alex, Sorin, Fábio, Fred e Everton Ribeiro. A mais antiga é uma branca de 1963 – mais de meio século de existência! “Muitas camisas possuem detalhes que só a de jogo tem, como um patrocínio específico para jogo, campeonato ou título”, indica.

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Quando a recebe, Heron lava a camisa e guarda imediatamente. “O material é muito sensível, podendo descascar ou apagar algum autográfo”, explica. Por isso, ele não veste as peças. “Tenho algumas retrô, que compro para usar, mas essas nem considero da coleção”, conta o cruzeirense, que possui ainda 200 camisas de outros times, também utilizadas em jogo.

Para reunir suas raridades, Heron caprichou. Encomendou um lugar para expô-las, numa sala de cinema de casa. “Em toda visita eu tinha que levar as pessoas ao meu quarto, um local particular, por isso não me sentia bem”, relata. Com isso, ele preparou um guarda-roupa com espaço para 1.000 camisas, com portas de vidro adesivadas com o escudo do Cruzeiro. De encher os olhos até a um colecionador atleticano.

Qualquer pessoa pode comprar em loja ou pela internet, então preferi colecionar camisas de jogo”. Heron Oliveira, empresário de Divinópolis-MG.

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