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Deu a louca

Time dos sonhos é reunido pela 1ª vez

Dia 24 de junho de 1990. Brasil e Argentina fariam o clássico de maior rivalidade no planeta, nas oitavas-de-final da […]

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Acima, Carlos Alberto, Mário Kempes, Caniggia, Edson Arantes do Nascimento, Rivelino e Romário. Abaixo, Saviola, Maradona, Zidane, Hillgner e Mathaus (Foto: Igor de Melo, jornal O Povo)

Dia 24 de junho de 1990. Brasil e Argentina fariam o clássico de maior rivalidade no planeta, nas oitavas-de-final da Copa da Itália. Em Paraipaba, no interior do Ceará, Ricaste Pereira cravou: o autor do gol da vitória daria nome ao seu primeiro filho. Coube o destino que Caniggia eliminasse a seleção brasileira. Uma semana depois chegava Caniggia Carneiro Pereira. Menos mal assim, pois poderia ter nascido Olarticoechea – ou pior, Dunga. “Melhor Caniggia mesmo”, brinca o filho.

Homenagens de famílias a ídolos do futebol, sobretudo no Brasil, são mais comuns do que se imagina. Para mostrar isso, a reunião de um time de “craques”. Pela primeira vez na história, numa mesma foto estiveram Pelé, Maradona e Zidane – ou pelo menos seus coveres. O time foi formado por Hillgner; Carlos Alberto, Mathaus e Zidane; Rivelino, Saviola, Pelé e Maradona; Mário Kempes, Romário e Caniggia.

Num dos casos, a lembrança do nome inicialmente foi amarga. Zinedine Zidane Rodrigues Jacaúna nasceu em abril de 1998, em Maranguape. Um dos irmãos admirava o francês, astro da seleção do país que sediaria o Mundial. A família só não esperava que, três meses depois, Zidane arrasasse o Brasil na final. “Foi azar. Mas ainda bem que depois ele viraria um dos maiores craques da história”, comenta Wagner Jacaúna.

A maioria recebeu nome já escolhido tempos antes pelos pais, mas alguns tiveram o acaso como fator determinante. Mário Kempes Lacerda Pereira nasceu no dia da final da Copa de 1978. O pai, Giovani Lacerda, decidiu batizar o filho com o nome do artilheiro do Mundial. O atacante da Argentina fez dois gols e assumiu o posto.

As homenagens divertem as pessoas e às vezes proporcionam situações engraçadas, como conta Mário Kempes. “Certa vez, no Castelão, fui cumprimentar o ex-jogador Falcão e ele me disse, surpreso: ‘Nunca pensei que um dia daria autógrafo ao Mário Kempes’”. Se tem gente que diz que um nome precisa ser marcante, os pais dos 11 capricharam na dose.

Quatro “craques” na mesma família

Carlos Alberto Manso, registrado assim em virtude de Carlos Alberto Torres, capitão do tri, faz parte de uma família curiosa. Seus três irmãos também têm nomes de jogadores: Paulo César (nascido em 1968), em referência a Paulo César Caju; Marco Antônio (1973), outro campeão do mundo de 1970; e Júlio César (1981), em menção a Júlio César Uri Gueller.

Na casa de Raimundo Ferreira Manso, verminoso por futebol, o combinado era assim: se nascesse menina, a escolha do nome seria da esposa; se fosse menino, teria nome de craque. E assim foram se sucedendo as homenagens.

“Em 1983, o grande prazer do meu pai foi apresentar o Júlio César ao Uri Gueller, quando ele jogou no Fortaleza”, conta Carlos Alberto, que nasceu no dia da estreia do Brasil na Copa de 1970, mas só foi registrado após a final. O menino, que era para ser Rivelino, virou Carlos Alberto após o gol do título. “Um dia pude conhecer o Carlos Alberto. Quando contei minha história, ele ficou emocionado”.

Os 11 “craques”:

Hillgner Vasconcelos Pereira
Nascimento: 1999
O pai é fã do goleiro alemão campeão mundial em 1990.

Mathaus Miranda Bezerra
Nascimento: 1994
O pai admira o líbero alemão do mesmo time de 1990.

Carlos Alberto Manso
Nascimento: 1970
Nasceu na estreia do Brasil, mas só foi registrado após a Copa.

Zinedine Zidane Rodrigues Jacaúna
Nascimento: 1998
Nasceu dois meses antes da Copa em que Zidane foi astro.

Roberto Rivelino E. Cardoso
Nascimento: 1970
O pai resolveu homenagear seu ídolo após a Copa do México.

José Edson Arantes da Silva Nascimento
Nascimento: 1965
Seu sonho é conhecer Pelé.

Diego Armando Maradona Mavignier Chaves
Nascimento: 2000
Torcedor de Boca Juniors e Argentina.

Javier Saviola Mavignier Chaves
Nascimento: 2001
Como o pai e o irmão mais velho, é louco pela Argentina.

Mário Kempes Lacerda Pereira
Nascimento: 1978
Nasceu no dia da final da Copa e recebeu o nome do artilheiro.

Romário Mendes Pereira
Nascimento: 1990
Jogador de futebol, por ironia virou zagueiro, e não atacante.

Caniggia Carneiro Pereira
Nascimento: 1990
Recebeu o nome do argentino carrasco do Brasil na Copa.

Esta matéria, assinada pela autor deste blog, foi publicada em 14/11/2010, no jornal O Povo.

2 respostas para “Time dos sonhos é reunido pela 1ª vez”

  1. Eu tenhomcerteza grande amigo quente chama Littbarski em homenagem ao craque alemão, seu irmão se chama Oliver em homenagem ao Khan, e o pai dele já disse querer uma filha pra botar o nome de Alemanha!

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